No segundo aniversário da histórica encíclica ambiental, Papa endossou a campanha Promessa Laudato Sì, um movimento mundial de católicos pelo clima
ALEXANDRE PELEGI
Causou um forte impacto na sociedade há dois anos o lançamento pelo Papa Francisco da encíclica Laudato Sì (Louvado seja) – Sobre o cuidado da casa comum.
Na audiência em que anunciou o documento, o Papa Francisco ressaltou que a destruição do meio ambiente prejudica a todos, mas especialmente aos mais pobres. “Por isso, apelo para a responsabilidade, com base no dever que Deus deu ao ser humano na criação: cultivar e proteger o jardim”, alertou.
A preocupação com as energias limpas, e com os danos provocados pelo transporte motorizado, está expressa no documento. Uma preocupação que hoje anima os debates em Sã Paulo, por exemplo, quando se aproxima a licitação dos ônibus da Capital.
No capítulo “Poluição e mudanças climáticas”, a Laudato Sì escreve num trecho: “… tornou-se urgente e imperioso o desenvolvimento de políticas capazes de fazer com que, nos próximos anos, a emissão de anidrido carbônico e outros gases altamente poluentes se reduza drasticamente, por exemplo, substituindo os combustíveis fósseis e desenvolvendo fontes de energia renovável. No mundo, é exíguo o nível de acesso a energias limpas e renováveis. Mas ainda é necessário desenvolver adequadas tecnologias de acumulação. Entretanto, nalguns países, registaram-se avanços que começam a ser significativos, embora estejam longe de atingir uma proporção importante. Houve também alguns investimentos em modalidades de produção e transporte que consomem menos energia exigindo menor quantidade de matérias-primas, bem como em modalidades de construção ou restruturação de edifícios para se melhorar a sua eficiência energética. Mas estas práticas promissoras estão longe de se tornar omnipresentes.”
Agora, no segundo aniversário de sua histórica encíclica ambiental, o Papa endossou a campanha Promessa Laudato Sì. Trata-se de um movimento mundial de católicos pelo clima (GCCM, na sigla em inglês), que quer ao menos 1 milhão de católicos envolvidos diretamente na transformação da encíclica em ação de cuidado com o planeta.
Segundo o GCCM, a Laudato Sì nos desafia a “ouvir o grito da terra e o grito dos pobres” por meio da conversão ecológica, das mudanças no estilo de vida e da sociedade, e por meio de uma forte ação política.
Para os que assinarem a Promessa (aderirem à campanha) o GCCM promete enviar materiais sobre como se conectar ao movimento global para cuidar da “nossa casa comum”, o Planeta Terra.
Se você quiser aderir à Promessa, acesso o link: http://livelaudatosi.org/
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