O laudo da perícia realizada nos fragmentos dos ossos encontrados na última sexta-feira, no Rio Botas, em Belford Roxo, apontou que a ossada não tem relação com os três meninos desaparecidos desde dezembro do ano passado. O teste apontou, que o material é de origem animal. Lucas Matheus, de 9 anos, Alexandre Silva, de 11 e Fernando Henrique, de 12, sumiram no dia 27 de dezembro. Eles foram vistos pela última vez em uma feira do Bairro Areia Branca, também em Belford Roxo.
Com o apoio de uma ferramenta chamada garateia, capaz de revirar a superfície do leito do rio, homens dos Bombeiros retiraram um saco preto, por volta das 11h20 da última sexta-feira, horário em que a perícia técnica da especializada foi acionada.
Mães e familiares dos meninos desaparecidos em Belford Roxo optaram por não acompanhar as equipes de mergulhadores do Corpo de Bombeiros nas buscas pelo Rio Bota. De acordo com a defensora pública Gislaine Kepe, pertencente ao Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública do Rio, as famílias acreditam que Lucas Matheus, de 9 anos, Alexandre Silva, de 11 e Fernando Henrique, de 12, estão vivos e que esse não será o desfecho desta longa investigação.
Testemunha disse que irmão jogou corpos no Rio
Na quarta-feira da semana passada, uma testemunha relatou que o seu irmão, um traficante de 22 anos, teria participado das mortes dos meninos Lucas Matheus, 9 anos, Alexandre Silva, 11, e Fernando Henrique, 12. Em depoimento, ele contou que os garotos teriam sido espancados e mortos por ordem do traficante José Carlos dos Prazeres Silva, conhecido como Piranha ou Cem, no interior do condomínio Amarelo, que fica dentro da comunidade do Castelar, em Belford Roxo.
A polícia conseguiu o depoimento do irmão dele, que negou as acusações, mas admitiu ter jogado sacos entregues por traficantes no rio. O DIA questionou à Polícia Civil se alguém foi preso, mas a resposta enviada pela assessoria de imprensa foi que “as investigações e buscas seguem em andamento”.
Deixe a sua opinião sobre o post