Presidente do Seterj é apontado como operador do esquema de propina
O presidente do Seterj (Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro) foi preso na manhã desta segunda-feira (3), na Rodovia Presidente Dutra (BR-116), altura de Barra Mansa, no sul fluminense. Marcelo Traça Gonçalves é um dos alvos da Operação Ponto Final, que investiga a cúpula de transportes do Estado. A ação começou na noite deste domingo (2), com a prisão de Jacob Barata Filho, um dos maiores empresários do setor no Rio de Janeiro.
Segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), Marcelo Traça foi detido em uma blitz no km 287 da BR-116. Os agentes rodoviários foram alertados pela Polícia Federal sobre o foragido. O carro dele foi abordado e, durante a fiscalização, os policiais o identificaram. Marcelo Traça estava acompanhado do filho e foi preso. Contra ele, havia um pedido de prisão preventiva, expedido pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio.
Desde a noite de domingo, dez pessoas já foram presas. Além de Marcelo Traça e Barata Filho, estão o ex-presidente do Detro Rogério Onofre; o presidente da Fetranspor Lélis Teixeira; o sócio de Jacob Barata e presidente do conselho da Rio Ônibus João Augusto Morais Monteiro; Cláudio Sá Garcia de Freitas; E David Augusto da Câmara Sampaio.
Segundo o MPF (Ministério Público Federal), ainda estão foragidos José Carlos Reis Lavoura, conselheiro da Fetranspor, e Márcio Marques Pereira Miranda.
As investigações revelaram que o grupo repassava propina a políticos em troca de benefícios às empresas de ônibus. O ex-governador Sergio Cabral (PMDB) teria recebido cerca de R$ 122,8 milhões entre 2010 de 2016. O esquema alcançaria mais de R$ 260 milhões, pagos a políticos e agentes públicos.
Fonte: R7
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