Agentes saíram para cumprir 1 mandado de prisão e 5 de busca em apreensão.
A Polícia Civil do RJ iniciou na manhã desta segunda-feira (14) a Operação Carência Zero, contra um golpe milionário em planos de saúde empresariais. Só uma operadora teve um prejuízo de R$ 11 milhões. Até a última atualização desta reportagem, 1 mulher tinha sido presa.
As investigações da 12ª DP (Copacabana) começaram em 2023 e apontam Adriana Neves Castro como chefe do grupo. Ela foi presa em casa, em Itaguaí. Segundo a polícia, ela contratou planos corporativos para cerca de 800 pessoas físicas sem qualquer vínculo empregatício.
Em um dos casos investigados, por exemplo, uma idosa de 68 anos arcava com uma mensalidade de R$ 2.700. Ela ainda teve que desembolsar R$ 3 mil na taxa de isenção. Na folha, o serviço da empresa, o serviço custava apenas R$ 721,18.
“Era um golpe sofisticado e acreditamos que algumas pessoas, de certa forma, possam ter sido enganadas. Por isso seguiremos investigando individualmente os casos dos beneficiários, uma vez que eles adquiriram um plano com vínculo trabalhista que nunca existiu e podem responder criminalmente. Os nomes das empresas constam nas carteirinhas. Além disso, eles também podem sofrer ações na área cível para ressarcimento de valores médicos gastos”, explicou o delegado Ângelo Lages.
Entre 2019 e 2023, por exemplo, um convênio foi contratado para 778 empregados de oito empresas falsas. No total, estas empresas descontaram R$ 2.158.926 milhões de seus supostos funcionários.
No entanto, os custos médicos apresentados pelo plano foram de R$ 13.074.087 milhões, gerando um prejuízo de R$ 10.915.160 milhões.
Movimentação milionária
Na quebra do sigilo fiscal de Adriana, os investigadores descobriram que em seis meses de 2023, por exemplo, ela movimentou mais de R$ 2 milhões, lastro incompatível com seu patrimônio, capacidade financeira e atividade econômica. Recentemente, ela se candidatou ao cargo de vereadora em Itaguaí, mas teve apenas 17 votos.
Os outros investigados, que foram alvo de buscas, são seu filho e o acusado de ser o contador e sócio de algumas das empresas usadas no esquema. A polícia também investiga a participação de operadores de venda, que atraíam as pessoas, e médicos, que muitas vezes direcionavam os pacientes já com a necessidade cirúrgica.
“Também havia uma intensa migração de pessoas entre as empresas. Quando algo saía errado, os funcionários, quase que instantaneamente, eram contratados por outra empresa do grupo, se mantendo como beneficiários do plano”, completou o delegado.
Ao longo das investigações, os policiais descobriram que as empresas não possuíam sede nos endereços informados na hora da contratação do serviço junto à seguradora.
Para a polícia, o fim do esquema tende a beneficiar todos os usuários de planos de saúde, pois segundo a seguradora, as fraudes acabam impactando nos preços para o consumidor final.
Fonte: G1
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