Mais de 100 famílias de Pescadores estão sofrendo com a degradação do Rio Guandu, que recebe o esgoto domestico e industrial de todos os municípios que o circunda.
Os pescadores estão sendo obrigados a se deslocar para outros locais para pescar, com isso está diminuído sua renda familiar. Tanto os peixes e a fauna local está sendo dizimada pelo esgoto sanitário e industrial jogado sem controle no Rio Guandu. No local fica uma das maiores reservas ambientais do Rio de Janeiro, o Pantanal Iguaçuano.
O Rio Guandu é formado pelo Rio Ribeirão das Lajes, passando a se chamar Rio Guandu a partir da confluência com o Rio Santana. Seus principais afluentes são os Rios dos Macacos, Santana, São Pedro, Poços, Queimados e Ipiranga.
O esgoto começa a ser jogado sem tratamento em Paracambi, onde tem empresas que jogam resíduos químicos e de esgotamento sanitário diretamente no Rio Afluente do Rio das Lajes, que corta o Município. Um dos maiores exemplos é a Cachoeira da Cascata, que era um dos maiores pontos Turísticos de Paracambi, e hoje virou Cachoeira de Esgoto.
A seguir o Rio Guandu recebe esgoto doméstico e industrial de empresas do munícipio de Japeri e de Seropédica.
Os Rios dos Poços, Ipiranga e Queimados são os mais contaminados, porque recebem esgoto do município e do Parque Industrial de Queimados, onde existem 33 empresas, e a maioria das indústrias jogam esgoto sanitário e químico diretamente nos rios, sem nenhum tratamento.
Nesta última terça-feira (27) Pescadores do Pantanal Iguaçuano, foram na Alerj cobrar uma solução para os problemas que estão ocorrendo no Rio Guandu, já que o Governo do Estado não tem tomado nenhuma atitude mais seria para resolver o problema.
Os pescadores reclamam que não existe saneamento básico em vários bairros ao longo do Rio Guandu, os municípios e as empresas não tratam seus esgotos, jogando in natura direto dos rios que cortam suas cidades.
“Fazendo tratamento do esgoto, é possível garantir a qualidade de vida e a promoção da saúde, evitando assim a proliferação de doenças. Ao mesmo tempo, garante-se a preservação do meio ambiente e facilita-se a atividade econômica”. Disse o Coordenador do Pantanal Iguaçuano, Edson Monteiro.
O outro problema sério é que a agua captada pela Cedae está muito contaminada, e segundo Cientistas, mesmo tratada ele continua contaminada, devido ao fato de que no esgotamento sanitário, encontram-se produtos químicos, como de medicamentos, que são eliminados através das fezes e da urina, e com o tratamento convencional estes produtos químicos não são eliminados.
“Para a água ser considerada própria para o consumo humano, ou seja, potável, deve obedecer a padrões de potabilidade: físicos (cor, transparência, odor e sabor), químicos (presença de substâncias químicas) e bacteriológicos (presença de microrganismos vivos)”. Destaca um Bacteriologista UFRJ.
Planos estratégicos são elaborados discutidos e não saem do papel, por falta de políticas ambientais mais atuante, como a de fiscalização do INEA. A única saída a longo prazo, é que o Governo do Estado em parceria com os municípios inicie o tratamento do esgoto, e a fiscalização mais rígida nas empresas que jogam seus rejeitos químicos nos córregos e em valas.
Abaixo fotos do Rio dos Poços, que virou esgoto de tanta contaminação, com cheiro forte de putrefação.
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