O Rio Paraíba do Sul é responsável pelo abastecimento de água de 80% da população do estado do Rio de Janeiro. Às margens do Rio, uma montanha de lixo químico (escória de aciaria), depositada pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), pode causar um grande colapso hídrico.
O depósito de escória de aciaria fica situado a 50 metros da margem do Rio Paraíba do Sul.
O Ministério Público Federal de Volta Redonda, em dezembro de 2018, ajuizou ação judicial contra a empresa CSN. Atualmente, o depósito de lixo químico tem mais de 30 metros de altura. Diariamente são despejados 100 caminhões de escória de aciaria no local, o que, segundo ambientalistas, tem contaminado o solo, o manancial, o lençol freático, além da poluição do ar prejudicar a saúde de 15 mil pessoas que vivem em bairros residenciais próximos.
“São 8,7 milhões de pessoas dependem exclusivamente deste manancial estratégico, assim como o parque industrial, agricultura e setor de serviços. Desde o no ano passado, temos alertado ao MPF e ao MP Estadual (GAEMA) que, caso ocorra uma forte tromba d’água ou o desabamento, desmoronamento desta enorme montanha de lixo industrial há um elevadíssimo risco de suspensão por tempo indeterminado do abastecimento publico de dezenas de cidades do Vale do Paraíba, da Baixada Fluminense e da Capital (Rio de Janeiro), cujo prejuízo socioeconômico e o impacto ambiental são incalculáveis”, disse Sérgio Ricardo Verde, membro fundador do Baía Viva e autor da representação judicial.
A CSN emitiu nota afirmando que o material armazenado “não é perigoso, conforme classificação da ABNT, não representando qualquer risco ao meio ambiente ou a saúde”. Recentemente, a Companhia foi multada.
Fonte: Diário do Rio
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