História do Réveillon de Copacabana
31 de dezembro de 2019

Uma das maiores festas de ano novo o mundo acontece na cidade do Rio de Janeiro, conheça um pouco mais sobre a história do Réveillon de Copacabana.

O início dessa grande festa foi nos anos 1970. Em proporções bem menores, umbandistas, nos anos 1970, iam para a Praia de Copacabana, vestidos de branco, para saudar Iemanjá com oferendas levadas ao mar antes da meia-noite.

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Era bonito ver a orla ocupada pelos terreiros e a noite iluminada por velas. O furdunço não excluía ninguém. Conheço ateus, católicas, crentes, budistas, flamenguistas, tricolores, bacalhaus e botafoguenses que, por via das dúvidas, garantiam ano bom recebendo passes de caboclos e pretas velhas nas areias, com direito a cocares, charutos e sidra de macieira”, escreveu o historiador Luiz Antônio Simas.

Na década seguinte, em meados de 1980, também de forma discreta, começou a famosa queima de fogos. No extinto hotel Meridien, do alto dos 39 andares, uma cascata de fogos de artifício era lançada e descia pelo arranha-céu. Outros hotéis, vendo que essa ideia aumentava o movimento do turismo, passaram a adotar a prática. Com o passar do tempo, a festa só cresceu.

Tim Maia e Jorge Ben

No início dos anos 1990, a prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, que à época era comandada por Cesar Maia, passou a dar uma organização maior à festa e fez a mesma ficar ainda mais imponente, instalando palcos para shows nas areias de Copa. O show de estreia, em 1993, contou com Jorge Ben e Tim Maia. O objetivo dos shows era evitar que todos saíssem ao mesmo tempo da praia, causando gargalos nas vias.

O sucesso foi duplo: a saída se deu de forma espaçada por 2 horas, sem o tumulto de antes. As críticas foram muitas, de que com isso o réveillon se descaracterizava, pois devia ser uma festa religiosa junto ao mar e de queima de fogos e nada mais. Os nomes dos críticos estavam entre os mais midiáticos intelectuais.

Rod Stewart em Copacabana

No ano seguinte o show de Rod Stewart bateu recordes de público e espaçou ainda mais a saída do réveillon por 3 horas. Finalmente, o Tributo a Tom Jobim -com Gal, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, Paulinho da Viola…- consolidou o réveillon com shows. Mas havia a necessidade de transformar a queima de fogos num espetáculo da mesma qualidade. A queima de fogos foi criada pelos empresários Ricardo Amaral e Mariu’s e, ao lado, a cascata do Méridien.

Fogos eram feitos da areia

Dos 8 a 10 minutos anteriores, o tempo foi dobrado para 20 minutos e a qualidade e diversidade dos fogos também. Um problema técnico na queima de fogos de 2000, gerando uma morte e vários feridos, terminou por exigir o uso de balsas, o que passou a ocorrer no réveillon 2001-2002. Finalmente ocorreu o previsto: o réveillon passou a concorrer com o carnaval na ocupação da rede hoteleira e passou a ser um atrativo turístico, o que não era até 1992.

Em 2015, o tema foi o centenário do samba e os jogos Olímpicos Rio-2016. Seu Jorge e Zeca Pagodinho foram as principais atrações.

Nos anos que seguiram, a festa continuou sendo um dos principais eventos da cidade do Rio de Janeiro. E 2019 promete!

Fonte: Diário do Rio