Hoje (21) a Igreja Católica comemora o Dia de São Luís Gonzaga
Luis retornou a Castiglione, onde conheceu o cardeal Carlos Borromeo, e dele recebeu a Primeira Comunhão em 22 de julho de 1580. Depois de ler um livro sobre missionários jesuítas na Índia, Luis sentiu fortemente que queria se tornar um missionário. Ele começou a praticar dando aulas de catecismo para meninos em Castiglione, no verão. Ele também visitou várias vezes as casas dos frades capuchinhos e dos barnabitas localizados em Casale Monferrato, capital do ducado de Montferrat, governado por Gonzaga, onde a família passou o inverno. Ele também adotou um estilo de vida ascético.
A família foi chamada para a Espanha em 1581 para ajudar a Sacra Imperatriz Romana Maria da Áustria. Eles chegaram a Madri em março de 1582, onde Luis e Rodolfo se tornaram páginas para o jovem infante Diego. Luis começou a pensar a sério sobre como ingressar em uma ordem religiosa. Ele pensara em se juntar aos capuchinhos, mas tinha um confessor jesuíta em Madri e decidiu, em vez disso, ingressar nessa ordem. Sua mãe concordou com seu pedido, mas seu pai ficou furioso e o impediu de fazê-lo.
Em julho de 1584, um ano e meio após a morte do infante, a família retornou à Itália. Luis ainda queria se tornar frade, mas vários membros de sua família trabalharam duro para convencê-lo a mudar de idéia. Quando eles perceberam que não havia como fazê-lo desistir de seu plano, tentaram convencê-lo a se tornar um sacerdote secular e ofereceram-se para providenciar um bispado para ele. Se ele se tornasse um jesuíta, renunciaria a qualquer direito à sua herança ou status na sociedade. As tentativas de sua família para dissuadi-lo falharam; Aloysius não estava interessado em cargos mais altos e ainda queria se tornar um missionário.
Em novembro de 1585, Luís renunciou a todos os direitos de herança, o que foi confirmado pelo imperador. Ele foi para Roma e, por causa de sua origem nobre, ganhou uma audiência com o Papa Sisto V. Após uma breve estadia no Palazzo Aragona Gonzaga, a casa romana de seu primo, o cardeal Scipione Gonzaga, em 25 de novembro de 1585, ele foi aceito no noviciado da Sociedade de Jesus em Roma. Durante esse período, ele foi convidado a moderar um pouco seu ascetismo e a ser mais social com os outros novatos.
A saúde de Luis continuou a causar problemas. Além da doença renal, ele também sofria de uma doença de pele, dores de cabeça crônicas e insônia. Ele foi enviado a Milão para estudos, mas depois de algum tempo ele foi enviado de volta a Roma por causa de sua saúde. Em 25 de novembro de 1587, ele fez os três votos religiosos de castidade, pobreza e obediência. Em fevereiro e março de 1588, ele recebeu ordens menores e começou a estudar teologia para se preparar para a ordenação. Em 1589, ele foi chamado para Mântua para mediar entre seu irmão Rodolfo e o duque de Mântua. Ele retornou a Roma em maio de 1590. Dizem que, mais tarde naquele ano, ele teve uma visão em que o Arcanjo Gabriel lhe disse que morreria dentro de um ano.
São Luís Gonzaga na Glória, de Giovanni Battista Tiepolo.
Em 1591, uma praga eclodiu em Roma. Os jesuítas abriram um hospital para os feridos e Luis se ofereceu para trabalhar lá. Depois de pedir esmola às vítimas, Luis começou a trabalhar com os doentes, levando os moribundos das ruas para um hospital fundado pelos jesuítas. Lá, lavou e alimentou as vítimas da peste, preparando-as da melhor maneira possível para receber os sacramentos. Mas, embora se dedicasse às suas tarefas, confessou em particular ao seu diretor espiritual, Pe. Roberto Belarmino, que sua constituição foi revoltada pelas visões e cheiros da obra; ele teve que trabalhar duro para superar sua repulsa física.
Na época, muitos dos jesuítas mais jovens haviam sido infectados com a doença e, portanto, os superiores de Luís o proibiram de retornar ao hospital. Mas Luís há muito acostumado às recusas de seu pai, persistiu e pediu permissão para voltar, o que foi concedido. Por fim, ele foi autorizado a cuidar dos doentes, mas apenas em outro hospital, chamado Nossa Senhora da Consolação, onde aqueles com doenças contagiosas não eram admitidos. Enquanto estava lá, Luís levantou um homem de seu leito doente, cuidou dele e o trouxe de volta para sua cama. Mas o homem estava infectado com a praga. Luis ficou doente e ficou de cama em 3 de março de 1591, alguns dias antes de seu 23º aniversário.
Luís se recuperou por um tempo, mas quando a febre e a tosse começaram, ele declinou por muitas semanas. Parecia certo que ele morreria em pouco tempo, e recebeu extrema unção. Enquanto estava doente, ele falou várias vezes com seu confessor, o cardeal e mais tarde santo, Roberto Belarmino. Luís teve outra visão e disse a várias pessoas que ele morreria na oitava festa do Corpus Christi. Naquele dia, 21 de junho de 1591, ele parecia muito bem de manhã, mas insistiu que morreria antes que o dia terminasse. Quando ele começou a ficar fraco, Belarmino deu-lhe os últimos ritos e recitou as orações pelos moribundos. Ele morreu pouco antes da meia-noite. Como Pe. Tylenda conta a história: “Quando os dois jesuítas chegaram ao seu lado, eles notaram uma mudança em seu rosto e perceberam que seu jovem Luís estava morrendo. Seus olhos estavam fixos no crucifixo que ele segurava nas mãos e enquanto tentava pronunciar o nome de Jesus ele morreu”.
A pureza era sua virtude notável. A mística carmelita Santa Maria Madalena de Pazzi afirmou ter tido uma visão dele em 4 de abril de 1600. Ela o descreveu como radiante em glória por causa de suas “obras interiores”, um mártir oculto por seu grande amor a Deus.
Luís foi enterrado na Igreja da Santíssima Anunciação, que mais tarde se tornou a Igreja de Santo Inácio de Loyola (Sant’Ignazio) em Roma. Seu nome foi alterado para “Roberto” antes de sua morte, em homenagem a seu confessor. Muitas pessoas o consideraram um santo logo após sua morte, e seus restos mortais foram levados para a igreja de Sant’Ignazio, onde agora repousam em uma urna de lápis-lazúli na capela Lancellotti. Sua cabeça foi posteriormente traduzida para a basílica com o seu nome em Castiglione delle Stiviere. Ele foi beatificado apenas quatorze anos após sua morte pelo Papa Paulo V, em 19 de outubro de 1605. Em 31 de dezembro de 1726, ele foi canonizado junto com outro noviço jesuíta, Estanislau Kostka, pelo Papa Bento XIII.
Em 1729, o Papa Bento XIII declarou Luís de Gonzaga como o santo padroeiro dos jovens estudantes. Em 1926, ele foi nomeado padroeiro de toda a juventude cristã pelo Papa Pio XI. Devido à maneira de sua morte, ele foi considerado um santo padroeiro das vítimas da peste. Por sua compaixão e coragem diante de uma doença incurável, Luís Gonzaga tornou-se o patrono de pacientes com AIDS e de seus cuidadores. Luís é também o padroeiro de Valmontone, uma cidade na Lazio.
Na arte, São Luís é mostrado como um jovem vestindo batina preta e sobrepeliz, ou como um pajem. Seus atributos são um lírio, referindo-se à inocência; uma cruz, referindo-se a piedade e sacrifício; uma caveira, referindo-se à sua morte precoce; e um rosário, referindo-se à sua devoção à Virgem Maria.
ORAÇÃO
Ó Luís Santo, adornado de angélicos costumes, eu, vosso indigníssimo devoto, vos recomendo singularmente a castidade da minha alma e do meu corpo. Rogo-vos por vossa angélica pureza, que intercedais por mim ante ao Cordeiro Imaculado, Cristo Jesus e sua santíssima Mãe, a Virgem das virgens, e me preserveis de todo o pecado. Não permitais que eu seja manchado com a mínima nódoa de impureza; mas quando me virdes em tentação ou perigo de pecar, afastai do meu coração todos os pensamentos e afetos impuros e, despertando em mim a lembrança da eternidade e de Jesus crucificado, imprime profundamente no meu coração o sentimento do santo temor de Deus e inflamai-me no amor divino, para que, imitando-vos cá na terra, mereça gozar a Deus convosco lá no céu. Amém.
Padroeiro da Juventude e dos Estudantes
Seu nome de batismo era Castiglione delle Stiviere. Nasceu em 9 de março de 1568, em Roma, Itália. Primogênito, filho de um príncipe do Sacro Império chamado Ferrante Gonzaga. Seu pai era um nobre comandante do exército imperial, que detinha o título de “Marquês de Castiglione”. Este era irmão do Duque de Mântua e herdeiro do feudo de Castiglione.
Perto dos militares e da nobreza
O desejo natural de seu pai era que seu filho mais velho seguisse seus passos, tornando-se soldado e comandante no exército imperial. Por isso, tendo apenas cinco anos, o pequeno Castiglione já marchava seguindo o exército do pai, habituando-se à crueza da vida militar ao lado de soldados rudes. Por outro lado, sua mãe lhe deu uma educação primorosa e sólida formação cristã. Além disso, frequentava os ambientes ricos e aristocráticos da nobreza italiana.
Um chamado diferente
Aquele menino, porém, surpreenderia a família Gonzaga de maneira muito diferente. Quando tinha apenas dez anos, ele foi enviado à cidade de Florença para servir como pajem do grão-duque da Toscana. A partir desse momento, Castiglione decidiu fazer um voto perpétuo de virgindade. Serviu como pajem do filho do rei dom Filipe II, na Espanha durante alguns anos. Nesse tempo, procurou e conseguiu estudar filosofia na Universidade de Alcalá. Nas horas vagas, dedicava-se à oração e às leituras espirituais.
Primeira comunhão – uma reviravolta em sua vida
Estando com 14 anos e ainda na Espanha, Luis recebeu a primeira comunhão das mãos de um santo: São Carlos Borromeu. Tocado pelas palavras do santo e pela força da Eucaristia, Luis sentiu o grande chamado de sua vida. Neste momento ele decidiu se tornar religioso ingressando na Ordem dos Jesuítas. A surpresa foi geral.
Seu pai, mesmo de longe, sentiu que todos os planos que tinha para o filho foram por água abaixo.
Provação por parte do pai
Quando seu pai soube que Luis desejava se tornar padre, chamou-o de volta a Roma e tentou desaconselhá-lo de todas as maneiras. Vendo que o filho não mudava de ideia, começou a leva-lo em festas e banquetes cheios de ofertas de os tipos de prazeres mundanos. Mas, ao perceber que essas coisas não preenchiam o coração do filho, perguntou a ele se mesmo depois de tudo isso, ainda queria ser padre. Luis Gozaga respondeu: “É nisso que penso noite e dia.” Então o pai autorizou-o a entrar para a Companhia de Jesus.
Vivendo a aventura da humildade
Castiglione delle Stiviere entrou no noviciado da Companhia de Jesus em Roma. Neste ato, assumiu o nome de Luiz Gonzaga, renunciou ao seu título de nobreza e à herança a que tinha direito. Seu mestre nesse tempo foi São Roberto Belarmino. Luis Gonzaga deixou de lado sua origem nobre, escolhendo sempre os serviços mais humildes. Nesta aventura da humildade, ele sabiamente constatou: “Também os príncipes são pó como os pobres: talvez, cinzas mais fétidas”.
De que serve isto para a Eternidade?
São Luis Gonzaga tinha uma pergunta que norteou totalmente a sua vida e lhe serviu de discernimento nas grandes e pequenas decisões da vida. Sempre, diante de algo a fazer ou decidir, ele se perguntava: “De que serve isto para a Eternidade?” Ou, de forma diferente: “Isso que estou prestes a fazer tem alguma coisa a ver com a eternidade? Vai contribuir para que eu conquiste a vida eterna?” Se compreendia que tal coisa ou atividade não ajudaria a leva-lo para a vida eterna, ele não fazia. Este seu “modelo de discernimento” já ajudou a muita gente ao longo de séculos.
Sentido na vida
Por essas decisões, perseverança amor e fé, São Luis Gonzaga se tornou modelo para os jovens. Ele encontrou o verdadeiro sentido da vida, que é conhecer, amar e servir a Deus. Quem procura isso, vive uma vida cheia de sentido. Por isso, na cidade de Coimbra, onde ele também estudou, há uma estátua em sua homenagem, pois ele se tornou um modelo e exemplo de pureza de coração, de discernimento e de busca do verdadeiro sentido da vida para todos os jovens.
Morte
Por motivos de estudo, São Luís Gonzaga precisou ir para Roma. Era o ano 1590. Ao chegar lá, deparou-se com as vítimas de uma doença contagiosa chamada tifo. Ao ver o sofrimento do povo, compadeceu-se de tal forma que passou a ajudar os doentes. Depois de um tempo cuidando dos doentes como podia, ele próprio contraiu a doença e veio a falecer. Era o dia 21 de junho de 1591. São Luís Gonzaga tinha apenas 23 anos e entregou sua vida em favor da caridade e da pureza de coração. Por isso, São Luís Gonzaga é o padroeiro da juventude e dos estudantes. Seus restos mortais foram sepultados na Igreja de Santo Inácio, fundador da ordem Jesuíta, em Roma.
Oração a São Luís Gonzaga
“Ó Luís Santo, adornado de angélicos costumes, eu, vosso indigníssimo devoto, vos recomendo singularmente a castidade da minha alma e do meu corpo. Rogo-vos por vossa angélica pureza, que intercedais por mim ante ao Cordeiro Imaculado, Cristo Jesus e sua santíssima Mãe, a Virgens das virgens, e me preserveis de todo o pecado. Não permitais que eu seja manchado com a mínima nódoa de impureza; mas quando me virdes em tentação ou perigo de pecar, afastai do meu coração todos os pensamentos e afetos impuros e, despertando em mim a lembrança da eternidade e de Jesus crucificado, imprime profundamente no meu coração o sentimento do santo temor de Deus e inflamai-me no amor divino, para que, imitando-vos cá na terra, mereça gozar a Deus convosco lá no céu. Amém.”
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