Um dos homens que aparece no meio da confusão é Edson Luiz Menezes. Ex-sub prefeito da Zona Oeste, ele é conhecido como Edinho, e nomeado como assessor especial da Prefeitura do Rio. O g1 o procurou e aguarda uma resposta.

As obras do Anel Viário estão estimadas em R$ 820 milhões. Em nota, a prefeitura afirmou que a medição topográfica de quinta-feira “contou com o apoio da Guarda Municipal e representou mais uma etapa desta obra, tornada pública através de diário oficial, reuniões com moradores no bairro e na Câmara de Vereadores.” (Leia a nota na íntegra ao final do texto)

Moradores da região alegam que foram surpreendidos, na última segunda-feira, com uma publicação de desapropriação total de diversas ruas. O objetivo é a implantação da ligação Viária entre a Estrada da Posse e a Av. Brasil.

“Em relação a esse trecho não houve qualquer audiência ou comunicado, apenas um decreto de desapropriação”, afirmou Edson Lima, presidente da Associação de Moradores Afetados pelo Anel Viário de Campo Grande.

Edson afirma que ele e outros moradores estavam com faixas se manifestando contra a prefeitura e o trabalho de medição topográfica da região. Eles alegam que não foram ouvidos.

“A prefeitura chegou com a Guarda Municipal, equipe de medição, operários e tratores. Com o objetivo de instalar um canteiro de obras. Nos colocamos contra esse movimento pedindo uma audiência pública”, disse ele.

É possível ver no vídeo que, quando a confusão começa, Edinho e Edson se desentendem e trocam empurrões. Em um determinado momento, Edinho puxa a camisa do presidente da associação. Em seguida, os dois são separados. “Eu falei com ele que nós iríamos ficar nos manifestando contra a movimentação da prefeitura”, disse ele.

No vídeo, o vereador William Siri (PSOL) se revoltou com a ação da Guarda Municipal. Ele faz parte de uma Comissão da Câmara de Vereadores para fiscalizar as obras do Anel Viário.

“Ninguém da comissão ficou sabendo que ia ter uma ‘megaoperação’, que a prefeitura quer desapropriar mais de 600 pessoas. Infelizmente aconteceu uma confusão generalizada”, comentou o vereador.

Confira a nota da administração municipal:

“A Prefeitura do Rio segue regularmente as obras do Anel Viário de Campo Grande, estimadas em R$ 820 milhões e realizadas em parceria com o governo federal. A medição topográfica de quinta-feira contou com o apoio da Guarda Municipal e representou mais uma etapa desta obra, tornada pública através de diário oficial, reuniões com moradores no bairro e na Câmara de Vereadores.”

Questionada sobre a participação de Edinho na confusão, a prefeitura não respondeu.

Fonte: G1