Grande quantidade de peixes mortos é encontrada na Baía de Guanabara
16 de janeiro de 2020

Nesta terça-feira, 14/1, fotos feitas por moradores da Ilha do Governador mostram grande mortandade de peixes que poluiu as areias da Praia de São Bento, próxima ao Aeroporto Internacional do Galeão. A maior parte do pescado é da espécie popularmente conhecida como sardinha boca torta.

O Movimento Baía Viva aponta como possíveis causas da mortandade um conjunto de fatores: a falta de oxigênio na água devido à presença excessiva de matéria orgânica em função do despejo de esgotos in natura (sem tratamento) e do grande volume de lixo e outros poluentes carreados para as águas da baía pela chuva que ocorreu nos últimos dias.

Adapt Link Internet - Black Friday

A Baía de Guanabara recebe diariamente 18 mil litros de esgotos não tratado. Além de eventuais vazamentos de óleo. Em novembro de 2019, foram constatados 4 vazamentos de óleo na baía, sendo que 3 deles atingiram praias da Ilha do Governador que tem grande concentração de atividades petrolíferas no seu entorno.

Nesta terça-feira, o ecologista Sérgio Ricardo, membro-fundador do Baía Viva, esteve na Praia de São Bento e em conversa com pescadores locais, constatou a presença de grande quantidade de peixes mortos no local e um forte odor.

O Baía Viva defende o Programa de Monitoramento Ambiental das águas e sedimentos de fundo da Baía de Guanabara seja executado pelas universidades públicas e intuições acadêmicas, como a UFRJ, UERJ e FIO CRUZ para garantir maior transparência dos dados das amostras coletadas e a analisadas, assim como a confiabilidade das informações sobre informações disponibilizadas à sociedade.

Variações climáticas por conta das altas temperaturas na atmosfera que provocam a redução do volume do volume de água que desce dos rios que deságuam na baía, ocasionando o aumento da salinização. E pesca predatória (algumas embarcações de pesca descartam a sardinha boca torta nas águas da baía por esta espécie ter baixo valor econômico) também são motivos para a grande quantidade de peixes mortos.

Fonte: Diário do Rio