É na base de muita brincadeira que os seis filhotes do canil do Corpo de Bombeiros, em Magé, na Região Metropolitana do estado, iniciaram o treinamento para reforçar o trabalho de busca e salvamento de vítimas realizado pelo 2° Grupamento de Socorro Florestal e Meio Ambiente (2° GSFMA). Os pequenos labradores são fruto do cruzamento de Lua, a cadela da Seção de Operações com Cães da corporação, e Chefe, o cão do Batalhão de Ações com Cães, da Polícia Militar e, com apenas três meses, já seguem uma rotina intensa, que envolve exercícios e testes.
– As atividades são realizadas de forma lúdica porque os filhotes ainda são novos. Mas já estamos treinando a socialização e a obediência de cada um deles com os seus respectivos condutores. Utilizamos brincadeiras para passar as noções de destreza e proximidade e alguns obstáculos, como escadas e gangorra, são colocados para simular cenários que encontramos durante operações de busca e salvamento – explicou o comandante do 2º Grupamento de Socorro Florestal e Meio Ambiente, o tenente-coronel Ramon Camilo.
Os cães podem atuar em situações adversas, como deslizamentos, desmoronamentos, além de buscas de pessoas perdidas em matas e florestas. Atualmente, 11 animais das raças Labrador, Pastor Belga Malinois e Boiadeiro Australiano realizam este trabalho e, futuramente, os seis filhotes integrarão o seleto grupo do canil da corporação.
– Embora seja uma rotina intensa, de duas a três horas de treinos por dia, os filhotes são acompanhados pelos veterinários dos Bombeiros, que ficam atentos à alimentação e às vacinas. Agora que o tempo começa a esquentar mais, a hidratação é um ponto importante para que eles não se sintam mal com o calor – salientou o comandante.
O treinamento dura cerca de um ano e se divide em fases – a que estão atualmente é chamada de adestramento, onde é preciso despertar os estímulos naturais dos filhotes. E tudo é feito com muita leveza.
– Desde filhote, os cães são programados para obedecer ao condutor, porque durante uma operação de salvamento é ele quem guiará o animal – lembrou o tenente-coronel.
Já a última fase é voltada para o trabalho específico de cada cão. Em seguida, eles passam por uma prova de certificação e, a partir daí, já são considerados prontos para o trabalho.
– Nossos companheiros são grandes parceiros de trabalho. Temos orgulho dos nossos cães, que já atuaram durante as buscas por vítimas do terremoto do Haiti, na tragédia da Região Serrana, da queda do Edifício Liberdade e, recentemente, em Brumadinho e na Muzema – disse o comandante
Fonte: Diário do Rio
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