Operação Cash Delivery cumpre 14 mandados de busca e apreensão e 5 de prisão temporária. Investigações validaram o conteúdo das colaborações premiadas de executivos da Odebrecht realizadas junto à Procuradoria-Geral da República
A operação Cash Delivery, deflagrada na manhã desta sexta-feira pela Polícia Federal (PF), realiza busca e apreensão em endereços ligados ao ex-governador de Goiás e candidato ao Senado pelo PSDB, Marconi Perillo.
A investigação teve como base os relatos dos delatores Fernando Reis e Alexandre Barrados. Em suas colaborações, eles citaram terem repassado R$ 10 milhões a Perillo – R$ 2 milhões na eleição de 2010 e outros R$ 8 milhões em 2014.
O caso tramitava no Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas foi enviado à Justiça Federal de Goiás em abril, após Perillo deixar o governo para se candidatar ao Senado. O jornal O Estado de S. Paulo revelou, em julho, que antes do caso sair do STJ, a Procuradoria-geral da República havia solicitado a quebra de sigilo telefônico de Perillo e do ex-tesoureiro de sua campanha, Jayme Rincón. Atualmente, Rincón é presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop).
As investigações conduzidas pela Polícia Federal validaram o conteúdo das colaborações premiadas de executivos da Odebrecht realizadas junto à Procuradoria-Geral da República.
Os envolvidos, entre eles empresários, agentes públicos e doleiros, responderão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
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