Com o objetivo de identificar e conter o despejo irregular de esgoto sem tratamento no Rio Guandu, a secretaria de estado do Ambiente e Sustentabilidade (Seas) e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) deram continuidade nesta sexta-feira (07/02) no Distrito Industrial de Queimados as ações de vistoria às empresas da região.
Durante a manhã, uma fábrica de cosméticos foi fechada e uma do segmento náutico teve as atividades suspensas parcialmente. Cerca de 30 técnicos da pasta e do Instituto participaram da ação.
A Reluz Cosméticos foi autuada e interditada pelo Inea e terá sua atividade totalmente suspensa. Os peritos identificaram o despejo de resíduos de produção dos produtos sem tratamento diretamente na rede pluvial. Amostras dos rejeitos lançados foram colhidas para identificar as substâncias que os compõem.
“Ainda será feita uma análise para descobrir que tipo de resíduo eles jogam, mas é uma empresa que trabalha com produtos químicos. Todo o esgoto despejado na rede pluvial vai para o Rio Guandu“, afirma Carlos Henrique Vaz, Presidente do Inea.
A Work Shore Indústria e Comércio teve embargo total na produção de barcos ao ser constatada a rede de coleta de resíduos provenientes desta atividade em não conformidade, ocasionando eventuais despejos na rede pluvial. Também foi feita suspensão parcial da cozinha devido ao lançamento de efluentes líquidos diretamente no solo. O responsável será conduzido pelo Comando de Polícia Ambiental (Cpam) à delegacia.
Já a Raft dispunha de licença da prefeitura para fabricação de tambores metálicos, porém produzia também com materiais plásticos, não tendo as autorizações necessárias. Também foram encontrados descumprimento no transporte de efluentes e de resíduos e no programa de monitoramento de emissões. A empresa foi autuada e notificada a fim de realizar adequações ambientais. A fabricação de embalagens plásticas foi embargada pelo Inea.
Na quinta-feira (06/02), primeiro dia da operação para identificar o lançamento de efluentes não tratados, duas empresas foram fechadas. A confecção Citycol teve o funcionamento interrompido por falta de licenciamentos ambientais. Os fiscais do Inea autuaram a confecção por lançar esgoto no meio ambiente sem o devido tratamento. Foram lacradas as caixas de energia e as operações foram paralisadas. A operação da desentupidora Nova Era também foi embargada. A fiscalização constatou que a empresa está descumprindo o código Florestal por não respeitar o mínimo de 30 metros de faixa de mata até o rio. Também foram apreendidos duas máquinas de terraplanagem. O responsável foi conduzido à delegacia.
Fonte: Diário do Rio
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