Empresários do Carnaval protestam na Prefeitura do Rio contra atraso milionário de pagamentos
24 de janeiro de 2024

Os manifestantes, representando fornecedores participantes dos desfiles das categorias Prata e Bronze no Carnaval de 2023, afirmam que a Riotur tem uma dívida estimada em R$ 3,2 milhões.

Na tarde desta terça-feira (23/01), aproximadamente 35 empresários do setor carnavalesco se reuniram em frente à sede da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova, em um protesto contra os atrasos nos pagamentos da Riotur aos prestadores de serviços. Os manifestantes, representando fornecedores dos desfiles das séries Prata e Bronze no Carnaval de 2023, afirmam que a empresa pública possui uma dívida acumulada de cerca de R$ 3,2 milhões pelos serviços prestados. O protesto contou com a participação de aproximadamente 50 pessoas.

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Marcell Nascimento, advogado que representa os fornecedores, destacou a persistência da situação em entrevista ao site “O Dia”: “Já faz um ano, completando agora um ano. A Riotur diz que não vai pagar. Já fechou as portas. Aconteceram diversas reuniões com o presidente Ronnie, mas agora eles colocaram seguranças na porta e disseram que não vão pagar.”

As organizações participantes foram encarregadas de erguer a infraestrutura, abrangendo elementos como arquibancadas, iluminação, sistema de som, segurança, serviços de limpeza e disponibilização de banheiros químicos, utilizados nos desfiles ocorridos na Nova Intendente Magalhães no ano anterior.

Um dos prestadores de serviços afirma ter investido aproximadamente R$ 400 mil para atender às demandas durante os desfiles das séries Prata e Bronze no último Carnaval.

A Riotur argumenta que não está vinculada à dívida, afirmando que a Superliga formalmente solicitou permissão para assumir a produção e organização do desfile na Independente Magalhães, conforme comunicado enviado em 15 de dezembro de 2022. A empresa também ressalta que, no Carnaval de 2023, a prefeitura continuou repassando o incentivo cultural diretamente às escolas das séries Prata e Bronze.

Em sua resposta, a Superliga explicou que, devido a um atraso na licitação para a infraestrutura da pista da Intendente Magalhães, esta foi repassada à iniciativa privada durante o Carnaval de 2023. No entanto, a empresa privada não cumpriu com o valor acordado. A associação enfatiza que sua responsabilidade se restringe à organização dos desfiles, e não há nenhum documento assinado que a obrigue a gerenciar a estrutura do Carnaval, responsabilidade que sempre esteve a cargo da Riotur.

Fonte: Diário do Rio

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