A ação, batizada Isis II, mobilizou 40 policiais militares e 30 civis, e dezenas de viaturas. De acordo com Pedro Emílio Braga, delegado da DP de Guarus, os assassinatos foram cometidos por traficantes da fação Amigo dos Amigos (ADA), mas as vítimas não tinham relação entre si e foram mortas por engano.
No dia 7, o corpo de uma mulher não identificada foi encontrado na mata, às margens daBR-101, no distrito de Travessão. Ela estava de camisola, e sua cabeça estava ao lado, enrolada em fita adesiva. Dois dias depois, a cabeça do adolescente Guilherme Gomes Bravo foi achada no meio de uma rua do Parque Presidente Vargas. Seu corpo foi encontrado apenas na semana passada.
“A mulher teria sido morta por ser entendida como uma possível informante da polícia. O que, durante a investigação, se revelou fruto da paranoia dos traficantes”, comentou Braga. “Já o adolescente teria sido morto simplesmente por se tratar de um morador de um bairro onde estaria estabelecida uma facção rival”, disse Braga, que havia confirmado que o rapaz não tinha antecedentes criminais.
A ADA controla o tráfico de drogas nas favelas da Chatuba, Sapo 1 e Sapo 3, no subdistrito de Guarus.
A operação busca cumprir ainda outros três mandados de prisão. Um homem foi preso em flagrante durante a incursão das polícias por diversos bairros e comunidades da região. Em alguns deles, os agentes foram recebidos com tiros. Foram aprendidas uma pistola calibre 380 e uma moto Honda Fan vermelha, que teria sido o veículo usado pelo homem que jogou a cabeça de Guilherme na rua.
“Vamos continuar o policiamento ostensivo e a produzir dados para a Polícia Civil para que ela possa fazer as investigações e cumprir os mandados, especialmente nos casos de homicídios e tráfico de drogas”, disse o comandante do 8ºBPM, Luiz Henrique Monteiro Barbosa, reforçando a parceria entre as polícias para coibir o crime organizado na região de Guarus.