Em sua publicação, o prefeito expressa a indignação com a normalização do funcionamento da feira, caracterizando o local como um ponto de venda de produtos de origem desconhecida
Nesta tarde de segunda-feira (22/01), o prefeito do Rio, Eduardo Paes, utilizou sua página no X (antigo Twitter) para comunicar a decisão de proibir o funcionamento da Feira de Acari em qualquer dia da semana. A medida surge após uma discussão no fim de semana com o governador Claudio Castro.
Em sua publicação, Paes expressa a indignação com a normalização do funcionamento da feira, caracterizando o local como um ponto de venda de produtos de origem desconhecida e associando sua existência ao crime organizado. O prefeito também orientou o secretário delegado Brenno Carnevale a articular-se com as forças policiais para impedir a instalação da feira.
Feira de Acari
A Feira de Acari, também conhecida como “Robauto”, tornou-se famosa como o principal ponto de escoamento de produtos roubados no Rio de Janeiro. Localizada na rua Pastor Martin Luther King, próximo à estação de metrô do bairro de Acari, na Zona Norte do Rio, a feira iniciou suas atividades no final dos anos 70. Sua reputação a transformou em sinônimo de produtos baratos, sem imposto e sem notas fiscais.
Inicialmente focada em peças de carro e produtos eletrônicos, estima-se que a feira comercialize cerca de 70% de produtos provenientes de roubos e furtos, dada a epidemia de roubo de cargas na cidade.
Ao longo dos anos, o local ganhou notoriedade e foi tema da música “Feira de Acari” de MC Batata, tornando-se o primeiro funk a atingir uma posição entre as 10 músicas mais tocadas no país, principalmente durante os anos 90. A proibição anunciada pelo prefeito Paes visa combater as atividades ilícitas associadas à feira e restabelecer a segurança nesta região da capital.
O DIÁRIO DO RIO entrou em contato com a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), que informou que vai solicitar às forças policiais a realização de operações para garantir a determinação do Prefeito Eduardo Paes, que proibiu a realização da Feira. Afirmou ainda que a região sofre forte influência do crime organizado armado.
Fonte: Diário do Rio
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