Dieta alcalina: combater as doenças com o ph dos alimentos
12 de agosto de 2018

Durante cinco semanas, a TSF explica os benefícios de cinco dietas para um verão (e uma vida) mais saudável. Esta é a semana da dieta alcalina.

Quando aprendeu a tabela do ph na escola, provavelmente nunca pensou que a poderia usar para escolher o que comer e o que deixar fora do prato. Há, contudo, quem defenda que esta ferramenta é fundamental para uma alimentação equilibrada e inimiga de doenças como o cancro.

A dieta alcalina é um padrão alimentar que privilegia os alimentos alcalinos (com ph acima de sete) em detrimento dos alimentos ácidos (com ph abaixo de sete). É esta dieta que Duarte Alves, nutricionista e um dos autores do livro “A Cura pela Alimentação Alcalina” (em coautoria com Alexandre Fernandes), considera ser a mais adequada ao ser humano, uma vez que o sangue é alcalino por natureza.

“Cada vez mais, comemos produtos industrializados, altamente processados, cheios de corantes artificiais e conservantes, acidificantes, açúcares e farinhas refinadas, óleos hidrogenados e transgénicos. Nós estamos cada vez mais a ingerir aquilo que o nosso corpo não está preparado de maneira nenhuma”, refere o nutricionista.

Quais os alimentos ácidos e os alimentos alcalinos?

Com um ph inferior a sete encontra os alimentos ácidos, ou seja, aqueles que deve evitar: “Refrigerantes e bebidas alcoólicas, adoçantes, café, leite de vaca, queijos, carnes vermelhas, produtos industrializados, chocolates (não o cacau), o sal refinado, molhos como ketchup e mostarda, leveduras, compotas, cereais refinados, pão branco, manteiga e margarinas.”

Depois, com um ph muito acima do sete estão os alimentos altamente alcalinos, isto é, aqueles que deve privilegiar: “Água alcalina, água do mar, flor de sal ou sal dos Himalaias, pepino, tudo o que são brássicas (couve portuguesa, couve coração, brócolos, couve-flor, couve roxa), ervas aromáticas (salsa, coentros, manjericão, alecrim, tomilho), as algas, os espinafres, erva-trigo, erva de cevada, erva de aveia, sementes germinadas, sementes de abóbora, amêndoas cruas, a stevia.”

O segredo para o equilíbrio é ingerir “dois a quatro alimentos alcalinos” por cada alimento ácido que consumir.

*Veja no vídeo acima os sete conselhos de Geninha Varatojo para seguir uma dieta alcalina

Corpo alcalino, corpo saudável

Duarte Alves acredita que “não há nenhuma doença que se manifeste num meio alcalino”.

É por isso que o nutricionista acredita que a alimentação alcalina ajuda a prevenir e a combater doenças como “os cancros, as doenças cardiovasculares e a hipertensão”. Na origem de todos estes problemas está um órgão muitas vezes negligenciado: o intestino.

“Ao ingerirmos alimentos alcalinos, eles são altamente promotores de uma saúde gastrointestinal. O nosso segundo cérebro é realmente o intestino. Se nós ingerirmos alimentos para o qual ele não está preparado ele vai ativar todo o sistema imunitário para tentar expulsar o mais rapidamente possível todos esses agentes intoxicantes e inflamatórios para o qual ele não está preparado.”

O ideal é fazer uma alimentação rica em antioxidantes e evitar os açúcares: “Isto faz com que as próprias células oncológicas não se repliquem da mesma forma e com a mesma rapidez, porque uma célula oncológica alimenta-se de açúcares e os açúcares são realmente alimentos muito ácidos”, remata.

Fonte: TSF