Deslizamento de encosta causa destruição e atinge 12 casas no Morro da Mangueira
7 de agosto de 2020

Não havia informações de feridos até 10h25, segundo o Corpo de Bombeiros. Ao menos 12 casas foram atingidas, deixando algumas famílias sem acesso às casas

Um grande deslizamento de uma encosta no Morro da Mangueira, na Zona Norte do Rio, deixou um rastro de destruição nesta sexta-feira. O deslizamento aconteceu na Rua Seis, na localidade conhecida como Loteamento. Não havia informações de feridos até 10h25, segundo o Corpo de Bombeiros. Ao menos 12 casas foram atingidas, deixando algumas famílias sem acesso às casas. Quatro delas estão desalojadas, segundo a Prefeitura do Rio.
 
Três veículos foram atingidos também pelo deslizamento, dois carros e uma moto. Segundo os Bombeiros, o chamado para a comunidade ocorreu às 3h17 e militares dos quartéis de Vila Isabel e Benfica estão no local. A Defesa Civil também foi chamada e analisa se há possibilidade de novos deslizamentos. Também estão na região a Secretaria de Assistência Social, a Geo-Rio e Secretaria de Ordem Pública. 
 
O secretário municipal de Ordem Pública, Gutemberg Fonseca, em entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo, disse que não há feridos e que além das 12 casas, dois carros e uma moto foram atingidos. Funcionários analisam a necessidade de interdição dos imóveis. 
“Graças a Deus não teve nenhuma vítima. Acolhemos essas 12 famílias através da Secretaria Municipal de Assistência Social e a Defesa Civil.
 
Vamos fazer toda a limpeza da área para verificar se esses imóveis precisam ou não ser interditados”, disse Fonseca.
 
O secretário revelou que o deslizamento foi provocado por um vazamento em uma tubulação de água, que saturou o solo. “Esse cano já tinha apresentado um vazamento e já vem ao longo de um tempo, e o solo ficou saturado”. 
 

No local, o subsecretário municipal de Proteção e Defesa Civil, Djalma Antônio de Souza Filho, e ele confirmou um vazamento de água, que pode ter sido o causador do deslizamento. Os moradores relataram que uma água minava de dentro da encosta. Além disso, o subsecretário disse que havia um alto número de lixos na encosta.

“Segundo os moradores, existia um vazamento antigo ali na encosta. Essa encosta, por sua vez, acumulava certo volume de lixo e resíduos que propiciam um possível deslizamento”, informou Djalma. 

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A Defesa Civil municipal está no local desde a madrugada e 12 casas foram atingidas pelo deslizamento. Ainda segundo o subsecretário, os agentes estão avaliando os danos causados e só após a limpeza do local serão avaliados se os imóveis irão ser interditados. Até o momento, cinco casas foram interditadas. Uma família segue impedida de sair de casa.

Moradores relataram que o vazamento já durava mais de 10 anos e essa é a segunda vez que a encosta desliza. Segundo os irmãos Fabrício e Pablo Miranda, a região foi atingida gravemente em 2010 quando o estado sofreu com uma forte chuva.

Os irmãos contam que não estavam em casa na hora do acidente, mas seus familiares estavam e precisaram sair pelo telhado.

Em nota, a prefeitura informou que a Secretaria de Assistência Social está no local para prestar ajuda as famílias desalojadas e na última atualização, às 11h30, quatro famílias estão desalojadas, duas já foram atendidas e outras duas famílias estão sendo contatadas.
 
O incidente atingiu 19 adultos e 5 crianças. As famílias foram para casa de parentes e a equipe de assistência social aguarda a retirada dos entulhos em frente a uma casa onde moradores estão impossibilitados de sair para realizar o atendimento.
Funcionários da Comlurb realizaram o corte de uma árvore que desceu onde houve o deslizamento de terra. A equipe foi autorizada pela Defesa Civil e atua na remoção mecanizada de terra e resíduos utilizando quatro caminhões basculantes e uma pá mecânica.
 
Cedae, Light, Comlurb, Guarda Municipal e policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Mangueira também estão no local. Técnicos da companhia de água estão no local verificando se alguma rede formal da companhia foi afetada pelo deslizamento e constataram não há não há vazamentos no local, mas foram identificadas diversas ligações clandestinas na região.
 
Uma faixa da Rua Visconde de Niterói está interditada nos dois sentidos, na altura do número 512, e agentes da CET-Rio orientam o trânsito na região.
 
 
 
O DIA