Curiosidades: Estruturas ‘ocultas’ descobertas no outro lado da Lua
12 de junho de 2024

Pesquisadores continuam a fazer novas descobertas sobre a Lua, quase 60 anos após os humanos pisarem em sua superfície pela primeira vez. Estudos recentes revelaram sinais de estruturas enterradas no lado afastado da Lua, proporcionando novas percepções sobre a história geológica do corpo celeste. As estruturas, descobertas através de dados coletados pelo rover Chang’e-4 da China, estão enterradas profundamente sob a superfície, contradizendo suposições anteriores sobre a composição da Lua.

O lado afastado da Lua, que sempre está voltado para longe da Terra devido à rotação síncrona da Lua, difere do lado escuro, que muda com a órbita da Lua. Essa distinção é crucial para entender os novos achados. O rover Chang’e-4 usou Radar de Penetração no Solo (GPR) para alcançar essa descoberta, avançando significativamente as capacidades anteriores que só podiam sondar até 40 metros abaixo da superfície.

Journal of Geophysical Research publicou o estudo, detalhando como a tecnologia GPR permitiu aos pesquisadores detectar estruturas de até 300 metros de profundidade. O GPR funciona enviando pulsos eletromagnéticos para o interior lunar e recebendo ecos das camadas subterrâneas. Os dados de canal de alta frequência desses pulsos revelaram múltiplas camadas nos 300 metros superiores, compostas principalmente de detritos rochosos e solo.

O estudo sugere que essas camadas provavelmente representam uma série de erupções de basalto que ocorreram bilhões de anos atrás. A variação na espessura desses fluxos de lava indica uma diminuição na escala das erupções ao longo do tempo. Esta evidência apoia teorias de que a Lua já teve atividade vulcânica, com erupções produzindo quantidades significativas de lava lunar.

Uma hipótese proeminente sobre as origens da Lua é a Hipótese do Grande Impacto, que postula que uma colisão entre a Terra primitiva e um planeta do tamanho de Marte resultou na formação da Lua. Evidências de suporte incluem as semelhanças nas órbitas da Terra e da Lua e as baixas concentrações de metais na Lua em comparação com o núcleo da Terra.

A missão Chang’e-4, lançada pela China, visa explorar o lado afastado da Lua e coletar dados para entender melhor sua composição e história. As descobertas do rover contribuem para um corpo crescente de conhecimento sobre a Lua, desafiando suposições de longa data e abrindo novas avenidas para pesquisa. Essas descobertas ressaltam o complexo passado geológico da Lua e sua importância contínua como um objeto de investigação científica.

Fonte: Mistérios do Mundo

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