O Rio Guandu que abastece o Rio de Janeiro e varias cidades da Baixada Fluminense, começa a entrar em decadência, devido há milhões de litros de esgoto que recebe todo dia dos municípios em seu entorno.
A Contaminação da água servida
O excesso de algas é proveniente de excesso de fósforo e nitrogênio na água chamado eutrofização. Este excesso pode ser de vazamentos de detergentes e produtos químicos (efluentes industriais) na água bruta. O processo de tratamento da CEDAE falhou ao não verificar este excesso e alterar a dosagem no tratamento para evitar este problema na água tratada. Faltou checar a qualidade da água tratada antes de distribuir. Qualquer espécie química em excesso, fora dos padrões de potabilidade, é um contaminante. Pode não ser um problema grave, mas é um contaminante. (Júlio César da Silva — Professor IBMR – Engenheiro Civil e Chefe do Departamento de Engenharia Sanitária e do Meio Ambiente da UERJ).
A única saída a longo prazo, é que o Governo do Estado em parceria com os municípios inicie o tratamento do esgoto, e a fiscalização mais rígida nas empresas que jogam seus rejeitos químicos nos córregos e em valas.
Outra saída a curto prazo
O município de Seropédica tem o segundo maior Aquífero do Brasil, ocupando boa parte de seu território e uma parte dos municípios vizinhos. Faz alguns anos que o INEA aprovou a instalação de um Aterro Sanitário encima do Aquífero, que poderia abastecer o Rio de Janeiro Com Água Potável, na falta do Rio Guandu. A pouco tempo houve falta de energia elétrica na CTR e o Gerador não entrou em operação ocasionando vazamento de Chorume, contaminando Rios, Córregos e provavelmente o lençol freático que passa pelo local.
Vejam como começou a Contaminação do Rio Tietê em São Paulo, isso pode acontecer com o Rio Guandu.
O estrago no rio mais importante do estado de São Paulo, com 1 150 quilômetros de extensão, começou na década de 1920. “Com as obras para tornar as margens retas na capital para construir pistas, as pessoas pararam de frequentar o rio e ele foi virando um depósito de lixo”, diz Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas da Fundação SOS Mata Atlântica. Desde então, esgoto, resíduos industriais e todo tipo de porcaria contribuíram para tornar o Tietê um dos mais nojentos do mundo. Ainda bem que o rio é um morto vivo: depois de apodrecer, renasce à medida que se afasta da capital.
Esgoto tratado pode ajudar a despoluir o rio
Todo o esgoto doméstico, tratado ou não, em algum momento vai parar nos rios. Já que isso não dá para mudar, o projeto de despoluição do Tietê comandado pela Sabesp (empresa de saneamento do estado de São Paulo) quer ampliar a rede de tratamento de esgotos para a população que vive em torno do rio. Em 1990, apenas 24% do esgoto em São Paulo era tratado. Em 2009, já era 68%. Nesse período, a extensão da faixa de rio completamente poluído diminuiu mais de 200 quilômetros.
Saiba como o Índice de Qualidade de Águas (IQA) mede a sujeirada do rio
OXIGÊNIO DISSOLVIDO (OD)
Quanto menos oxigênio, mais poluído
DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO (consumo de oxigênio pela água)
Quanto mais alta, mais poluído
COLIFORMES TERMOTOLERANTES (grupo de bactérias encontradas no cocô)
Quanto mais alto, mais poluído
NITROGÊNIO AMONIACAL (NH4)
Encontrado na urina, no esgoto doméstico e nos agrotóxicos. Quanto mais houver, mais poluição
FÓSFORO
Também encontrado no esgoto, nos saponáceos (detergente, sabão) e nos agrotóxicos. Quanto mais, mais poluído
TURBIDEZ
Tudo quanto é sujeira sólida, terra e sedimentos vindos de assoreamento. Quanto mais, mais poluído
RESÍDUO
Assim como a turbidez, são de sujeiras dissolvidas na água. Quanto mais, mais poluído
TEMPERATURA E PH
Isoladas, não têm influência direta na poluição
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