Conheçam as Praias da Zona Oeste do RJ através de vídeo e de sua História
9 de janeiro de 2021

As Praias da Zona Oeste do Rio de Janeiro, era, no início, uma área de grande areal, com vegetação de restinga e pântano. Seu loteamento aconteceu em 1959, quando terrenos da região começaram a ser vendidos. Muitos paulistas compravam terras para construírem casas de veraneio, originando o nome do bairro.

O acesso pela praia ficou facilitado em 1950, quando foi asfaltado – dando origem à Avenida Litorânea (hoje, Avenida Sermambetiba). Quando a estrada Rio-Santos foi construída, em 1970, surgiu a Avenida das Américas. Hoje, também é acessível pela Linha Amarela, aumentando as opções de transporte público.

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É um bairro de grande potencial, um dos mais procurados na zona oeste do Rio, não só para veraneio. Fazem divisa com ele a Barra da Tijuca, Barra de Guaratiba, Camorim, Grumari, Vargem Pequena e Grande. A maioria dos lançamentos no local é para as classes média e alta.

A infraestrutura do local vem melhorando muito. Hoje em dia, há muitos shoppings, hipermercados, colégios, faculdades, restaurantes e bares. Além das praias do Recreio (famosa por sediar campeonatos de bodyboard e gravações de novelas), do Pontal, da Macumba, do Abricó (de nudismo) e Prainha.

Também possui muitas áreas verdes, como praças, bosques e parques – o Chico Mendes e o Marampendi são bons exemplos. Mas, sem dúvidas, de todas as atrações, as praias (citadas anteriormente) são o ponto de destaque e maior interesse dos visitantes no bairro.

O Rio tinham outras Praias famosas que hoje estão extintas

Hoje em dia, se o carioca ou o turista que visita o Rio de Janeiro quiser aproveitar uma praia para afogar o calor do verão que acabou de começar precisa ir para as Zonas Sul ou Oeste. Mas, o que muita gente não sabe é que o Centro da Cidade Maravilhosa também já teve suas praias.

Até o fim do século XIX, a cidade do Rio de Janeiro era cercada de praias. No entanto, surgiram os aterros para que a cidade “ganhasse chão” e construções fossem erguidas e muitas dessas faixas de areia banhadas pelo mar sumiram. 

Essa praia ficava em frente à igreja que tem o mesmo nome. Além do templo religioso também foi construída na extinta praia a Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, fundada em meados do século XVI e em funcionamento até hoje no mesmo local, que na época era uma região considerada isolada, devido ao Morro do Castelo.

No início do século XX, a praia de Santa Luzia era uma opção de lazer para a população carioca. Porém, em 1905, o prefeito Pereira Passos mandou construir no local garagens para os barcos dos clubes de remo. Foi o início da descaracterização do espaço.

Em 1922, com a derrubada do Morro do Castelo, foi construída a Esplanada do Castelo, mas ainda era possível nadar na praia de Santa Luzia, mesmo com a diminuição da faixa de areia. Na década de 1940, a ampliação do aterro para a construção do Aeroporto Santos Dumont eliminou o que restava da praia.

Nessa região, uma das principais atividades era a pesca. A Praia da Gamboa era vizinha da Praia da Saúde. Naquele local havia pescadores profissionais e moradores das proximidades que ali armavam “gamboas” – pequena represas com intuito de capturar peixes. Daí veio a origem do nome.

A construção do porto do Rio de Janeiro, no século XX, necessitou de uma vasta quantidade de aterro que acabou escondendo a Praia da Gamboa. Em cima desses aterros foram erguidas enormes edificações, conhecidas como trapiches ou grandes armazéns e depósitos.

Os cenários naturais e originais desapareceram, as atividades de pesca que então existiam também sumiram. Os aspectos econômicos e culturais do local mudaram. Assim o bairro foi bastante descaracterizado, mergulhando então nas feições de uma zona portuária.

Além dessas duas praias citadas, outras do centro da Cidade Maravilhosa também foram extintas. Desapareceu a Praia da Ajuda por conta de aterros em frente à Cinelândia. A Praia Dom Manuel e Praia do Peixe, que ficavam uma de cada lado da Praça XV, bem como a própria praia em frente a Praça XV, que chegava próxima à Rua Primeiro de Março no início da colonização, também deixaram de existir.

Entre a Praça XV e Praça Mauá, tudo era uma faixa de praia, chamada de Prainha. Existiu também (como citado no texto que fala da Praia da Gamboa) a praia do bairro da Saúde. Outros bairros que hoje compõem a zona portuária da cidade também perderam suas praias ou enseadas, caso de São Cristóvão, por exemplo.

Alguns historiadores e pesquisadores apontam que a região do porto do Rio tinha cenários pitorescos, mas que ações como as que levaram aos aterros dessas áreas se faziam necessárias na época para o desenvolvimento da cidade. A forma como foram feitas é que são discutíveis.

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