Carlos, o Chacal, era na verdade Ilich Ramírez Sánchez. Ele foi o terrorista, mais procurado do mundo, por crimes que iam de sequestros de autoridades a atentados com bombas. Esses atentados deixaram, pelo menos, 13 mortos em vários países, como Áustria, França e Alemanha.
Ele viveu foragido por 20 anos, se submetendo à cirurgias plásticas para mudar a sua aparência e não ser reconhecido pela polícia. Carlos foi detido, quando ele estava fazendo um procedimento médico no Sudão. O homem foi levado sob custódia, para ser julgado em Paris, no dia 14 de agosto de 1994. Desde seu julgamento, o homem está preso e sentenciado a três prisões perpétuas.
Carlos é filho de um advogado comunista de Caracas e teve seu nome em homenagem ao líder soviético histórico, Vladimir Ilyich Ulyanov, que era mais conhecido como Lênin.
Em 1970, Ilich Ramírez Sánchez viajou para o Líbano, para fazer parte da Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) e foi então, que ele recebeu seu codinome de Carlos. Esse nome foi dado a ele por causa de sua origem hispânica. E o “Chacal” foi dado pela imprensa, porque o livro “O dia de Chacal” foi encontrado nos pertences do terrorista.
Terrorista
Carlos Chacal ficou conhecido quando ele coordenou um ataque à seda da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep), na Austrália, em 1975. Nesse ataque, foram feitos mais de 40 reféns, inclusive autoridades, como ministros da Arábia Saudita. Nesse ataque, três pessoas morreram. Os reféns foram levados de avião e libertados somente quando chegaram na Argélia.
Depois desse ataque, Carlos fez outros ataques. Como na França, em um atentado à bomba contra um trem, matando cinco pessoas e deixando 77 feridos, em 1982. O homem também atacou o consulado francês, em Berlim Ocidental, na Alemanha, matou uma pessoa e deixou 22 feridos.
Nos anos 1980, Carlos perdeu apoiadores, que se afastaram dele, por causa da pressão dos governos europeus. O homem chegou a ser expulso da Hungria e da Síria. Ele conseguiu um refúgio no Sudão, onde o governo era acusado de apoiar o terrorismo.
Mesmo assim, Carlos foi preso graças a um acordo, entre o país africano e órgãos de inteligência dos Estados Unidos e da França. Depois de ter passado por uma cirurgia nos testículos, Carlos foi sedado, amarrado e levado por agentes franceses para Paris, em 1994.
Quando Carlos foi preso, o advogado do venezuelano, Jacques Vergès, disse que tentaria provar que os atentados faziam parte de sua luta ideológica. Além de Carlos, o advogado também defendeu Klaus Barbie. Ele era um nazista, comandante da Gestapo, conhecido como “Açougueiro de Lyon”. Esse homem também tinha sido condenado à prisão perpétua.
A primeira condenação de Carlos foi em 1997. Nessa, ele foi condenado à prisão perpétua sem nenhuma possibilidade de liberdade condicional. Em 2011, ele foi condenado, pela segunda vez, a passar o resto da vida na cadeia, pelos atentados em Paris e Marselha. Eles aconteceram em 1982 e 1983, e 11 pessoas morreram e 150 ficaram feridas.
Posteriormente, a terceira condenação de Carlos aconteceu em 2017. Em suma, foi quando o venezuelano foi condenado a outra prisão perpétua, pelo atentado em Paris, que deixou dois mortos e 34 feridos.
Fonte: Expresso Diário
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