União da Ilha, Porto da Pedra e Acadêmicos do Cubango estão entre as agremiações da primeira noite de desfile. Ainda há ingressos disponíveis para o reencontro com a festa
Na quarta (20), desfilam as seguintes escolas: Em Cima da Hora, Acadêmicos do Cubango, Unidos da Ponte, Porto da Pedra, União da Ilha, Unidos de Bangu e Acadêmicos do Sossego.
Com o enredo, “Nas Encruzilhadas da Vida, Entre Becos, Ruas e Vielas, a Sorte Está Lançada: Salve-se Quem Puder!”, a União da Ilha, que caiu para o Grupo de Acesso em 2020, escolheu exaltar a fé por Nossa Senhora Aparecida. O carnavalesco Cahê Rodrigues, que assina o desfile com Fran Sérgio, afirmou que a expectativa é de título em 2022.
“Depois de dois anos sem Carnaval, poder entrar na Avenida, sabendo que a Ilha tem um Carnaval digno, um Carnaval lindo, apesar das dificuldades financeiras, que todas as escolas enfrentaram, me deixa muito feliz. Principalmente a Ilha, que desde o início se propôs a fazer um grande Carnaval porque sabe da responsabilidade de retornar ao Grupo Especial”, disse o carnavalesco.
Cahê Rodrigues garante que a escola está pronta para brigar pelo campeonato. “A escola está pronta para a vitória. Meu pensamento é esse do início ao final do desfile. Tenho certeza que a comunidade está pronta, a Ilha tem segmentos fortes e a gente vai disputar o Carnaval, sem dúvida”, afirmou.
Já a Porto da Pedra, de São Gonçalo, vai trazer nesta quarta-feira o enredo “O Caçador que traz Alegrias” para homenagear mãe Stella de Oxóssi. O sobrinho da importante Ialorixá da Bahia, Obá Adriano Obiodun, é um dos compositores do samba-enredo da escola.
A carnavalesca da escola Annik Salmon afirmou estar confiante para voltar para o Grupo Especial e destacou que o samba-enredo tem tudo para ficar para a história. “Estamos todos da escola muito confiantes, trabalhando muito para fazer esse Carnaval ser inesquecível. A escola está com toda força pra voltar para o grupo especial”, afirmou.
A Acadêmicos do Cubango, de Niterói, neste Carnaval vai contar a história da atriz Chica Xavier, que atuou em mais de 50 novelas na televisão e estreou no Theatro Municipal do Rio de Janeiro em 1956, na peça Orfeu da Conceição, de Vinícius de Moraes. O artista Miguel Falabella confirmou presença no desfile. Ele que considerava Chica Xavier como uma “segunda mãe” estará no último carro ao lado dos familiares da homenageada.
“O desfile do Cubango vai fazer uma justa e linda homenagem para uma das maiores artistas negras desse país: Chica Xavier.Chica foi uma importante ialorixá e levou isso a alguns dos seus mais marcantes papéis, levantando o tema da intolerância religiosa há muito tempo. Porque Chica Xavier é amor!”, ressaltou o carnavalesco.
A Acadêmicos do Sossego fecha o primeiro dia de desfile com o enredo “Visões Xamânicas”. O carnavalesco André Rodrigues criou um pajé que vai conduzir o público por meio de suas visões. O personagem terá encontros reveladores com os ancestrais, após infusão de ervas. Haverá destruição de terra e profecias indígenas. Ao fim, no entanto, ele promete oferecer caminhos para consertar o planeta.
“Fizemos um grande trabalho e com certeza será o maior desfile na agremiação. Estou feliz em poder proporcionar isso ao Sossego e à comunidade do Largo da Batalha. Podem aguardar um grande desfile e uma grande pajelança (ritual de cura) na avenida”, afirmou o carnavalesco André Rodrigues, que convidou o público a aproveitar e refletir sobre a mensagem que será apresentada na Sapucaí.
Quem abre a noite do desfile na quarta-feira (20) é a Em Cima da Hora com o enredo “33 – Destino Dom Pedro II”, uma reedição do Carnaval de 1984, quando a escola desfilou na estreia do Sambódromo pelo grupo 1-B (segunda divisão). Apesar de ter 38 anos, o samba, regravado por Jovelina Pérola Negra no álbum Sangue Bom (1991), continua atual e tece uma crônica das viagens de trem enfrentadas pelos trabalhadores para ganhar o pão na capital. “Dom Pedro II” era o nome da estação de trem que em 1899 passou a se chamar Central do Brasil.
“Não é mole não/ Com a inflação/ Almejar a regalia/ E o progresso da nação/ O suburbano quando chega atrasado/ O patrão mal-humorado/ Diz que mora logo ali/ Mas é porque não anda nesse trem lotado/ Com o peito amargurado/Baldeando por aí”, diz um trecho do samba.
Sexta a desfilar, a Unidos de Bangu traz o enredo “Deu Castor na cabeça”, que vai homenagear o bicheiro Castor de Andrade, entrelaçando a vida do patrono do Carnaval e do futebol com a história do bairro da Zona Oeste e do Bangu Atlético Clube. Um setor inteiro, incluindo uma alegoria, homenageará a Mocidade Independente de Padre Miguel, que desfila no Grupo Especial e era a escola de Castor de Andrade.
Já a escola de São João de Meriti, Unidos da Ponte, levará para a Sapucaí o enredo “Santa Dulce Dos Pobres – o Anjo Bom da Bahia”, desenvolvido pelos Rodrigo Marques e Guilherme Diniz, este devoto de irmã Dulce. A dupla pretende contar a história da santa e apresentar seu legado de obras sociais.
Confira a ordem do desfile desta quarta-feira
Em Cima da Hora
Acadêmicos do Cubango
Unidos da Ponte
Porto da Pedra
União da Ilha
Unidos de Bangu
Acadêmicos do Sossego
Na quinta-feira (21), desfilam Lins Imperial, Inocentes de B. Roxo, Estácio de Sá, Acadêmicos de Santa Cruz, Unidos de Padre Miguel, Acadêmicos de Vigário Geral, Império da Tijuca e Império Serrano.
Estações indicadas para acesso à Sapucaí:
Setores pares: Praça Onze
Setores ímpares e Terreirão do Samba: Central
No Desfile das Campeãs, o serviço funcionará sem interrupção a partir das 5h do dia 30 de abril até 23h do dia 1º de maio.
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