Um dos grandes vilões do meio ambiente e da vida é o fogo. As queimadas e incêndios florestais causam danos aos biomas e, consequentemente, aos recursos hídricos, além de levar risco à vida da população. Segundo informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o número de focos de incêndio cresceu 159% no estado do RJ, de 2018 para 2019.
Entre janeiro e agosto de 2019, o órgão registrou 396 focos de fogo ativos no estado, contra 153 no mesmo período de 2018. Em todo Brasil, só no ano passado, 318 mil km² de área florestal foram consumidas pelo fogo. O número é quase o dobro do registrado no ano anterior. O fogo destrói mata ciliares, ambientes de nascentes e prejudica a qualidade das águas com a geração de cinzas.
O outono e o inverno são estações típicas do tempo seco e pouca chuva. Esses fatores contribuem para o aumento do número de queimadas. Sabendo dos problemas e dos impactos negativos aos recursos hídricos, o Comitê Guandu-RJ desenvolve projetos através do Grupo de Trabalho de Prevenção e Combate a Queimadas (GTPCQ). O objetivo do grupo é organizar a sociedade, governos e empresas para mobilização de prevenção e mitigação dos efeitos das queimadas. “Temos oportunidade de trabalhar dentro de um arranjo institucional, com cada segmento da sociedade, para atuarem e preservarem o ambiente de incêndios florestais, mas para além disso, entendendo o ciclo hidrológico de áreas específicas e como essas são afetadas por regimes de estiagem e pluviosidade.
As atividades do grupo podem fomentar a preservação de atividades econômicas, recursos hídricos e até diminuir movimentos de massas que são causados por incêndios florestais também”, explicou o Major CBM Samir Batista Fernandes, Coordenador Regional da Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro – Baixada Fluminense, e Coordenador do GTPCQ do Comitê Guandu-RJ.
O grupo foi criado no ano passado e em uma das suas primeiras ações doou 15 itens de combate e mitigação de incêndios florestais às prefeituras dos municípios que compõe a bacia do Guandu. O objetivo é fortalecer as estruturas que atuam no combate a incêndios na bacia que abastece cerca de 9 milhões de pessoas na Baixada Fluminense e Grande Rio.
O GTPCQ é multidisciplinar e conseguiu reunir representantes das prefeituras, guardas municipais, brigadas de incêndios municipais, Defesas Civis municipais, Defesa Civil Estadual, Corpo de Bombeiros, usuários de água e voluntários. “O grupo é formado por poder público e sociedade civil que participam das reuniões deliberativas. A forma de atuação é fortalecendo o sistema na ponta (município), executando, através do Comitê Guandu os estudos pretéritos elaborados para prevenção e combate a incêndio florestal”, frisou o Major CMB Samir, Coordenador do Grupo.
Tão importante quanto a ação do grupo e dos órgãos de defesa do meio ambiente, é o comportamento da população. O Major Samir elencou algumas dicas para que as queimadas sejam evitadas: “A maioria dos incêndios florestais são provocados pelo homem, então evitem limpar terrenos queimando lixo, assim como jogar cigarro acesso na beira de estradas, soltar balões, etc. É importante lembrar que provocar incêndio florestal é crime! Muitas pessoas dependem daquele ambiente para o sustento e as florestas são um bem de todos”.
Em caso de incêndios florestais, a população deve entrar em contato imediatamente pelo telefone 193 (Corpo de Bombeiros) ou 199 (Defesa Civil).
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