Elas foram detidas no cartório eleitoral na hora em que tentavam transferir seus títulos de eleitor para a cidade
Um rebuliço policial e político movimentou a cidade de Mangaratiba nesta semana, com a prisão de cinco pessoas com contracheques falsos, supostamente funcionários de cargos comissionados (CCs) da Prefeitura da cidade. Eles foram presos pela Polícia Civil no Cartório Eleitoral quando apresentavam o documento para a transferência do título de eleitor para o município. Os cinco foram encaminhados à 166ª DP para prestar depoimento e foram liberados após audiência de custódia.
O assunto tomou conta dos bastidores da política mangaratibense. Parlamentares e lideranças políticas da cidade disseram que “se continuar como está, as eleições de outubro prometem e, se não houver uma fiscalização da Justiça Eleitoral, será um pleito desigual no município”. Vereadores de Mangaratiba usaram a tribuna da Câmara Municipal no último dia 16, terça-feira, para mostrar indignação com as atitudes, que segundo eles “estão na contramão da democracia e precisam ser investigadas pelas autoridades competentes”.
O presidente do MDB/Mangaratiba, vereador Hugo Graçano, afirmou durante sua fala na tribuna que “encaminharia denúncia à Justiça Eleitoral para que fosse aberta uma investigação minuciosa sobre essas prisões, e inclusive sobre a discrepância de número de eleitores na cidade ser maior do que o número de habitantes”. “Mangaratiba hoje tem mais eleitores do que habitantes. Para ter uma ideia, o último censo do IBGE apontou 41.220 habitantes, e nós estamos beirando quase 45 mil eleitores, quase 4 mil a mais. Estamos entre os 18 municípios dos mais de 5 mil do Brasil que têm mais eleitores que habitantes. Esse número vai desequilibrar o pleito eleitoral”, declarou o vereador.
A denúncia foi encaminhada no mesmo dia à 54ª Procuradoria Eleitoral e ao Juiz da Zona Eleitoral de Mangaratiba. “Espero que a Promotoria faça a sua parte, identificando e penalizando esses cidadãos. Com a denúncia, busco equacionar essa relação entre o número excessivo de transferências no município e essas fraudes”, disse o presidente do MDB no município.
Em nota, a Prefeitura afirmou “desconhecer o fato e disse que repudia a atitude que configura crime eleitoral”. A nota afirma também que “tomou conhecimento do caso pela autoridade policial do município, mas que não há nenhum funcionário envolvido na ocorrência. Além disso, a gestão municipal esclarece que repudia veementemente este tipo de atitude, que configura como crime eleitoral”. (Fonte: Jornal O Dia)
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