Os pets têm tido uma saúde melhor por conta da atenção de seus donos. A mudança na postura das pessoas fez com que cachorros e gatos, principalmente, tenham um melhor acompanhamento na área de saúde, mas fez com que a incidência de doenças ‘humanas’ aumentasse.
É o que afirma o médico veterinário do Hiper Zoo, Adolfo Sasaki. Segundo ele, a expectativa de vida dos animais causa isso mesmo que a preocupação dos donos tenha aumentado. Porém, semelhanças genéticas entre humanos e cães ajudam nas pesquisas e tratamentos do câncer, por exemplo. “Os protetores têm ficado mais atentos às alterações de comportamento e físicas, permitindo uma rápida intervenção quando algum sintoma se manifesta. A vida mais longeva faz com que haja maior observação de doenças como diabetes e câncer nos animais” , avalia ele.
Veja as cinco doenças que tanto humanos quanto pets podem ter:
Câncer
O crescimento desordenado e anormal de células pode se manifestar em forma de neoplasias benignas ou malignas, replicando-se rapidamente e invadindo tecidos antes de se espalhar para outras partes do corpo. Os tumores mais comuns em pets estão os de mama (que podem ser prevenidos com castração), de pele (ocasionados pela exposição à radiação solar) e o venéreo transmissível (comum no Brasil pela falta de castração, mas com alta taxa de cura). O tratamento do câncer é idêntico ao realizado em humanos, com o uso de quimioterapia, radioterapia e intervenção cirúrgica.
Diabetes
O diabetes é a elevação de glicose no sangue que, se não tratada, pode prejudicar o funcionamento de diversos órgãos, como rins, olhos e coração. Nos pets, os primeiros sinais da doença podem ser emagrecimento (mesmo com ingestão normal de alimentação), consumo alto de água e muita urina. Assim como nos humanos, a obesidade é um dos fatores de risco para o desenvolvimento do diabetes. Fatores genéticos também influenciam na aparição da doença, que pode ser do tipo 1 ou 2 em cães e gatos, e o tratamento inclui exercícios físicos, dieta controlada e, algumas vezes, aplicação de insulina.
Lúpus
É uma doença autoimune e sem cura que as raças de cachorros Pastor Alemão, Poodle e Beagle têm mais predisposição. Ela pode afetar só a pele (lúpus eritematoso discoide – DLE) ou o corpo todo (lúpus eritematoso sistêmico – LES). que se manifesta por meio de inflamações em diversas partes do animal, como pulmões, corações e pele. A LES é mais grave e requer mais cuidados, já que pode resultar em insuficiência renal, anemia ou até quadros mais graves que podem resultar em morte. Alguns dos sintomas são febre, aumento do volume de urina, gengivas pálidas e dores nos membros inferiores. Já as ocorrências de DLE se manifestam em forma de lesões ou feridas, tendo a despigmentação do focinho e a perda de ranhuras como prognósticos.
Cardiopatias
Problemas cardíacos são bem comuns em pets, sendo que 10% dos cães jovens manifesta alguma alteração. O caso mais frequente de cardiopatia é a insuficiência mitral, quando a válvula mitral não fecha totalmente, ocasionando no retorno para os pulmões de um pequeno volume de sangue. Os sintomas comuns são a falta de ar e tosse, mas a doença só é diagnosticada com uma ecografia. Entretanto, o tratamento correto resulta na não progressão da patologia, tornando o acompanhamento veterinário essencial.
Tártaro
O tártaro é uma doença muito comum em cães e gatos, uma vez que grande parte dos tutores não investe tanto tempo na higiene dentária dos pets. Essa patologia ocorre quando há a formação de placa bacteriana nos dentes, ocasionada por restos de alimentos, podendo causar outras doenças e infecções mais graves como meningite. “Nesse caso, se houver evolução e atingir a corrente sanguínea do pet, pode levar o animal ao óbito”, finaliza Sasaki.
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