Foi realizado nesta terça-feira (12), a “Caminhada Azul” em prol da Conscientização do Autismo. O evento teve apoio da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, a Divisão de Atenção da Pessoa com Deficiência, Criança Feliz, Operação Segurança Presente, e CAPS Bicho da Seda.
O percurso da caminhada teve início no Centro de Atenção Psicossocial Infantil (CAPSi) João e Maria, localizado na Rua Euclides Pereira, 26 no bairro Fazenda Caxias, até a Praça Nildo Romano no Centro de Seropédica.
Na Praça Nildo Romano as crianças com Autismo participaram de um momento com pintura para estimular o raciocínio, sendo um meio de se comunicar e se expressar através dos desenhos.
Participaram do evento a Primeira-dama Isabel Ribeiro que veio representando o Prefeito Professor Lucas, a Vice-prefeita e Secretária de Assistência Social e Direitos Humanos, Vandrea Furquim, a Subsecretária de Assistência Social, Patrícia Gonçalves, a Vereadora Rose Alves, Jamila Barros, Coordenadora da Saúde Mental e Tatiane Juliasse Barros, Coordenadora do Caps.
A Coordenadora do CPSI, João e Maria, a Psicóloga Luciana dos Santos da Costa, relata sobre o trabalho de conscientização sobre o Autismo;
O dia de sensibilização para a conscientização sobre o Transtorno do espectro autista (TEA) se faz necessário para articular o empoderamento dos cuidadores que cada vez mais é reconhecido como um componente fundamental da assistência às crianças com TEA.
O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades.
Sinais de alerta no neurodesenvolvimento da criança podem ser percebidos nos primeiros meses de vida, sendo o diagnóstico estabelecido por volta dos 2 a 3 anos de idade. A prevalência é maior no sexo masculino.
A identificação de atrasos no desenvolvimento, o diagnóstico oportuno de TEA e encaminhamento para intervenções comportamentais e apoio educacional na idade mais precoce possível, pode levar a melhores resultados a longo prazo, considerando a neuroplasticidade cerebral.
Ressalta-se que o tratamento oportuno com estimulação precoce deve ser preconizado em qualquer caso de suspeita de TEA ou desenvolvimento atípico da criança, independentemente de confirmação diagnóstica. Assim, ofertamos no município o cuidado na Rede de Atenção Psicossocial, nas Unidades do CAPSi João e Maria e no CAPS Bicho da Seda, respectivamente, referências para o cuidado de crianças e adolescente e para adultos.
A etiologia do transtorno do espectro autista ainda permanece desconhecida. Evidências científicas apontam que não há uma causa única, mas sim a interação de fatores genéticos e ambientais.
O diagnóstico de TEA é essencialmente clínico, feito a partir das observações da criança, entrevistas com os pais e aplicação de instrumentos específicos. Instrumentos de vigilância do desenvolvimento infantil são sensíveis para detecção de alterações sugestivas de TEA, devendo ser devidamente aplicados durante as consultas de puericultura na Atenção Primária à Saúde. O relato/queixa da família acerca de alterações no desenvolvimento ou comportamento da criança tem correlação positiva com confirmação diagnóstica posterior, por isso, valorizar o relato/queixa da família é fundamental durante o atendimento da criança.
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