O cachorro que ajudou na busca pelas quatro crianças que foram resgatadas na última sexta-feira, 9, após passarem 40 dias desaparecidas na Amazônia colombiana, chamado Wilson, continua desaparecido.
O pastor belga tem seis anos, ajudou a localizar o avião e os corpos dos três adultos que morreram e fez parte do resgate dos quatro irmãos, que foram encontrados com vida. As crianças estão internadas em Bogotá, capital da Colômbia, para receber tratamento médico adequado.
“No desenvolvimento da #OperaciónEsperanza, o cachorro Wilson, da raça pastor belga, de seis anos, desapareceu durante as buscas realizadas pelas Células Combinadas de Busca nas selvas de #Caquetá e #Guaviare para encontrar os quatro menores”, escreveram as Forças Armadas da Colômbia nas redes sociais.
Segundo o jornal ‘El Tiempo’, o Exército colombiano informou que pegadas do animal foram encontradas junto com marcas que poderiam ser das crianças. Mas, no momento do resgate, o cachorro não estava com elas.
As autoridades acreditam que Wilson possa ter acompanhado as crianças em algum momento durante o tempo que elas estavam desaparecidas.
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, comentou sobre o caso. “O que não apareceu é o cão, que em algum momento esteve com eles”, escreveu nas redes sociais.
“Na verdade, em algum momento eles encontraram o cachorro, eles se defenderam. É o aprendizado deles, das famílias indígenas, o aprendizado deles de viver na selva é o que os salvou”, acrescentou Petro.
“Nossa premissa como comandos: Um camarada caído nunca é abandonado no campo de combate. #OperaciónEsperanza avança na busca de nosso canino Wilson”, afirmou as Forças Armadas no sábado, 10.
Acidente
O voo saiu de Caquetá com destino a San José del Guaviare, uma cidade da Amazônia colombiana. Minutos após a decolagem, o piloto notificou falhas na aeronave e desapareceu em seguida. No início, os três corpos adultos foram encontrados.
Após quase um mês das buscas, o Exército disse ter achado, em dois lugares diferentes, fraldas, um acessório para celular, uma toalha e um par de tênis a cerca de 600 metros do local onde o avião caiu.
Os vestígios indicavam que as crianças poderiam estar vivas, mas com a possibilidade de terem sido sequestradas por guerrilheiros.
O caso teve grande repercussão na Colômbia e há dias se especulava se as crianças seriam encontradas com vida. A busca foi difícil devido à densa vegetação da área, com árvores de até 40 metros de altura, à presença de onças e cobras e à chuva constante que impede que as pessoas ouçam possíveis pedidos de ajuda.
Durante a busca, os militares carregavam alto-falantes com uma mensagem na língua materna das crianças indígenas, pedindo que parassem para que pudessem localizá-las.
As quatro crianças, incluindo um bebê, foram encontradas por uma equipe de buscas que incluía indígenas voluntários e forças especiais militares. Em uma foto divulgada por militares, é possível ver um soldado segurando o bebê enquanto as demais crianças estão sentadas ao redor.
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