A empresa faz a felicidade de diversas crianças no município todos os anos com a doação de presentes feita por padrinhos e madrinhas
A proposta é ousada: atender aos desejos de centenas de crianças no Natal ao mesmo tempo em que elas são incentivadas a escrever. É por isso que existe a campanha “Papai Noel dos Correios”, uma iniciativa própria da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos para arrecadar presentes e realizar os desejos escritos em cartinhas por milhares de meninos e meninas destinadas ao “bom velhinho”. Ela acontece há 35 anos e, desde 2010, alunos de escolas públicas também são convidados a participar da iniciativa. A ação tem o objetivo de incentivar a escrita das crianças e conta com a ajuda de “padrinhos” e “madrinhas” para presenteá-las.
— Os Correios fazem esse trabalho social, que não tem retorno financeiro, mas tem retorno emocional e da felicidade das pessoas. É uma parceria da empresa com a comunidade — explica Luiz Cláudio Ornelas, funcionário dos Correios.
A agência dos Correios do câmpus de Seropédica da UFRRJ sorteia, a cada ano, uma escola da cidade para participar da campanha. Neste ano, a creche Irene Albuquerque da Silva, localizada no KM 42, foi premiada e 177 crianças de 3 a 5 anos foram presenteadas por pessoas dispostas a tornar a magia do Natal uma realidade para elas.
— O Papai Noel dos Correios é mágico porque eles ganham aquilo que eles pedem na cartinha. Os Correios têm um empenho muito grande nisso, ou todas as cartinhas são apadrinhadas, ou não tem projeto — exolicou Thayene Cotta, diretora da filial.
A creche participa da campanha pela terceira vez e, mesmo com a grande quantidade de crianças, todas tiveram seus desejos de Natal realizados por diferentes pessoas. A comunidade em peso ajudou na arrecadação de presentes, desde pais de alunos da creche até servidores da Universidade.
A campanha funciona assim: os funcionários dos Correios vão até a escola escolhida e disponibilizam o material necessário para a escrita das cartas. A partir da ajuda das professoras, os alunos são incentivados a escrever e a se expressar através das suas próprias cartas, seja com palavras ou com desenhos.
— Seria maravilhoso se tivesse mais empresas com essa iniciativa. Somos professoras, muitas coisas até saem do nosso bolso, mas não teríamos condição de comprar o que eles pedem. Na minha turma, por exemplo, tem criança que vai ganhar patins e eu não teria condições de comprar um par de patins para cada aluno — comentou a professora Alcione da Fonte.
A ação acontece anualmente e, este ano, foi realizada de 1 a 13 de dezembro. Nas escolas públicas, os Correios vão até a instituição, pegam as cartinhas, cadastram e as divulgam para serem apadrinhadas. Os “padrinhos” e “madrinhas” podem adotar as cartinhas pelo site da campanha ou pela agência mais próxima.
Na última sexta-feira (13/12), a creche Irene Albuquerque da Silva fez a sua confraternização de fim de ano e aproveitou para distribuir os presentes arrecadados na campanha. A festa teve a participação de funcionários dos Correios e do corpo de bombeiros que escoltou a chegada do Papai Noel até a creche.
Texto: Alan Sena e Rita Martins (estudantes de Jornalismo sob supervisão da professora Cristiane Venancio)
Fotos: Rita Martins
Professora adjunta do curso de Comunicação Social / Jornalismo da UFRRJ há 13 anos. Doutora em Ciências da Comunicação pela Universidade do Minho (Portugal) e mestre em Estratégia e Gestão pela UFRRJ. Foi repórter e editora da agência O Globo e do jornal Extra.
Deixe a sua opinião sobre o post