Durante uma votação que durou cerca de cinco horas e meia, na última quinta-feira (14), a Câmara Municipal de Itaguaí cassou o mandato do vereador Gil Torres (União Brasil). Além da perda do mandato, Torres está inelegível por oito anos.
Com 9 votos a favor do relatório do vereador Vinícius Alves, e um contra (sendo do ex-vereador Noel, que votou pelo impedimento de Nando Rodrigues, suplente de Gil Torres), a Comissão Processante de número 002/2023, cassou pela primeira vez um vereador de mandato no município de Itaguaí.
Gil Torres é ex-policial militar, e foi eleito para o seu primeiro mandato de vereador em 2016, obtendo 773 votos nas urnas, sendo eleito pelo PTN. Já em 2020, novamente obteve êxito. Foi reeleito, e praticamente dobrou a votação conquistada no pleito anterior, recebendo 1535 votos dos eleitores de Itaguaí e sendo o segundo mais votado na cidade.
O segundo mandato foi conturbado. Durante sua gestão como presidente da Câmara, o Poder Legislativo abriu duas comissões parlamentares de inquérito: uma para investigar a carta com ameaças ao ex-presidente da Casa, vereador Haroldo Jesus (que renunciou ao cargo, sendo sucedido por Torres) e outra para desvendar o roubo dos computadores que estavam destinados à secretaria de educação. Até hoje essas investigações não tiveram resultados. Em outubro deste ano começaram as primeiras reuniões para a abertura de comissões processantes contra Torres. Foram quatro no total.
Duas tinham como objetivo a destituição de Torres da presidência, o que de fato aconteceu no dia 17 de outubro.
De aliado, Gil havia se tornado oposição ao atual prefeito Rubem Vieira, o Rubão.
Gil Torres entrou para a história de Itaguaí como o primeiro presidente afastado, e também como o primeiro vereador cassado.
Fonte: Correio da Manhã
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