Banho de mar noturno causou 12 mortes por afogamento em 2025 no RJ; entenda perigos e veja dicas
22 de fevereiro de 2025

Nesses dias de calor extremo, muitas pessoas têm ido à praia à noite para se refrescar no Rio. Mas o Corpo de Bombeiros alerta para o perigo: só este ano, 12 pessoas morreram no estado durante o banhos de mar noturnos.

A pedido do RJ2, os militares levantaram o número de atendimentos noturnos em 2025: foram 50 até agora. Uma pessoa está desaparecida.

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Alexandre de Carvalho, de 35 anos, sumiu no mar ao resgatar uma mulher que se afogava na madrugada de sábado (15).

Na tarde desta sexta-feira (21), um corpo com as mesmas características foi resgatado no Leme, na Zona Sul do Rio, e levado para reconhecimento no Instituto Médico-Legal (IML).

A onda de calor vem deixando as praias mais cheias à noite mesmo durante a semana. Nesse horário, não tem mais guarda-vidas nos postos da orla. Os bombeiros recomendam alguns cuidados para curtir o lazer em segurança.

“A recomendação é que as pessoas podem curtir a praia, mas que aproveitem ali outros métodos de se refrescar, como um chuveiro, bebidas geladas, muitas vezes na própria areia, mas que, em hipótese alguma, elas mergulhem. Muitas vezes o ato de molhar o pé, muitas vezes, pode significar um acidente”, fala o porta-voz do Corpo de Bombeiros, major Fábio Contreiras.

Mais riscos à noite

Cariocas se refrescam com banhos de mar noturnos — Foto: Reprodução/TV Globo

Cariocas se refrescam com banhos de mar noturnos — Foto: Reprodução/TV Globo

Com visibilidade menor, o banho se torna mais arriscado e o resgate, mais complicado.

“Porque a gente não consegue enxergar direito o espelho d’água, a presença de ondas, as correntes de retorno, que são as famosas valas, pedras submersas, por exemplo”, diz o porta-voz.

“A iluminação é muito restrita, e muitos resgates nossos são feitos até mesmo pelo som ou pelo tato, visto que a iluminação não permite que a gente nem visualize a vítima”, acrescenta.

Os guarda-vidas ficam nos postos do nascer ao pôr do sol, mas os bombeiros mantêm o serviço 24 horas nas bases próximas às praias.

A orientação, ao ver um afogamento, é ligar para o 193 e esperar o socorro chegar. Sem os salva-vidas, também não há aquelas bandeirinhas indicando o nível de risco naquele trecho.

A analista financeira Adriele diz que observa se o mar está agitado. “No geral, a gente não anda muito para lá, a gente vê se está com correnteza, geralmente quando está com correnteza a gente já volta logo”, diz.

O pintor de automóvel Luciano da Silva Emiliano fala que o ideal é não mergulhar no fundo.

“Só tomar cuidado, não ir muito no fundo, né? Salva-vidas essa hora não tem. À noite seria bom”.

Corpo de Bombeiros alerta para os perigos do banho de mar noturno — Foto: Reprodução/TV Globo

Corpo de Bombeiros alerta para os perigos do banho de mar noturno — Foto: Reprodução/TV Globo

Muitas pessoas preferem não entrar na água. “A gente se senta na areia, curte, escuta o barulho das ondas, mas difícil é mergulhar. Eu sou nascido e criado aqui, eu surfo, então eu sei qual é o perigo das correntezas”, fala o barraqueiro Rodrigo Verta.

A designer de unhas Raiane Cristiana da Silva, que mora na Baixada Fluminense, diz que vai à praia para fugir do calor.

“Eu moro na Baixada. Sabe como é que é a Baixada? É um calor insuportável. Eu trago meu filho. Mas eu não entro no mar, é só na beiradinha, um pouquinho só, né, filho?”.

Fonte: G1

 
 
 
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