Bactéria faz produção de calças jeans ser mais respeitosa com meio ambiente
10 de janeiro de 2018

O novo método para sintetizar o anil evita o uso de químicos danosos ao ecossistema

tradicional tingimento de azul das calças jeans pode ser mais respeitoso com o meio ambiente graças a um novo método de produzir a tintura de cor anil baseada em uma bactéria modificada em laboratório, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira pela revista “Nature Chemical Biology”.

O anil ou índigo é a cor mais amplamente usada para dar às calças jeans seu característico tom azul e o novo método para sintetizá-lo evita ter de usar químicos danosos ao meio ambiente.

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Os autores do estudo, da norte-americana Universidade da Califórnia, reconhecem que este método para chegar à cor anil “ainda não é prático em escala industrial”, mas a longo prazo pode oferecer uma alternativa mais respeitosa ao meio ambiente do que o atual processo químico, acrescenta o estudo.

 

Ainda que o índigo tenha sido extraído durante milhares de anos de forma natural a partir de certa plantas, a demanda atual dessa coloracação faz com que seja sintetizado de maneira química em escala industrial, o que supõe o uso de “múltiplos químicos perigosos que podem danificar o meio ambiente”.

Para alcançar uma tintura anil respeitosa com o meio ambiente, um grupo de especialistas dirigidos por John Dueber usaram uma bactéria de Escherichia coli (E.coli), modificada em laboratório, que é capaz de sintetizar um composto chamado indoxyl.

Dito composto é instável, mas os pesquisadores identificaram uma enzima que pode estabilizá-lo ao uni-lo a uma molécula de açúcar, explica o estudo. Se tal enzima for acrescentada à bactéria, então produz um composto que pode ser facilmente isolado e armazenado a longo prazo. No momento do tintura e diretamente na peça, uma enzima diferente converte esse composto em índigo típico de jeans (jeans), explica o estudo.

Fonte: Epoca