Para chegar a essa conclusão, a equipe de pesquisadores fez uma análise de isótopos estáveis em 712 ossos de animais coletados em 90 sítios arqueológicos da Irlanda
atividade humana que era realizada há 2 mil anos teve um impacto “mais significativo e durável” no meio ambiente do que se pensava, revelou um estudo publicado nesta quarta-feira na revista especializada “Science Advances”.
Os pesquisadores da Universidade da Colúmbia Britânica, em Vancouver, no Canadá, descobriram que o aumento no desmatamento e a atividade agrícola durante a Idade do Bronze na Irlanda alcançaram um ponto de inflexão que afetou o ciclo de nitrogênio da Terra. O nitrogênio é considerado um elemento “crítico” necessário para a vida no planeta e circula entre a atmosfera e os oceanos.
Para ele, este estudo dá à comunidade científica uma compreensão “mais profunda” do ponto de inflexão no qual os humanos começaram a causar mudanças ambientais pela primeira vez com sua atividade.
Para chegar a essa conclusão, a equipe de Guiry fez uma análise de isótopos estáveis em 712 ossos de animais coletados em 90 sítios arqueológicos da Irlanda. Os pesquisadores encontraram mudanças significativas na composição de nitrogênio dos nutrientes do solo e das plantas que compunham a dieta dos animais durante a Idade do Bronze.
No artigo, Guiry relatou que estas mudanças “foram o resultado de um aumento na escala e na intensidade do desmatamento, da agricultura e da pecuária”. O estudo é específico da Irlanda na Idade do Bronze, mas os cientistas asseguram que estas descobertas “têm implicações globais”.
“O efeito das atividades humanas na composição do nitrogênio do solo pode ser rastreado em qualquer lugar onde os humanos tenham modificado extensivamente as paisagens para a agricultura”, concluiu Guiry, que disse que este estudo pode ser a base para várias pesquisas futuras.
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