Atenção Moradores de Seropédica economizem água
17 de novembro de 2019

A 2º adutora de Lajes rompeu ontem (16) por volta das 11 horas, segundo representantes da CEDAE o reparo já foi realizado, mas os locais mais distantes, a água deverá demorar mais tempo para chegar.

O que acontece é que as vezes rompe o sistema de água, e a CEDAE demora avisar as redes de comunicação, por ser feriado ou fins de semana. As vezes fico sabendo por moradores que me perguntam porque estão sem água, ligo para CEDAE, e eles falam o que está acontecendo.

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As primeiras Adutoras foram construídas com Chapas de aço, revestidas com concreto, e com uma camada de pinche para evitar corrosão. Hoje as Adutoras são só chapas calandradas e com costuras de solda, sem nenhuma proteção para corrosão.

Quando termina um reparo no sistema da CEDAE, os técnicos abrem com pouca pressão, para evitar que haja novo rompimento em outro local, e até que a pressão normalize os locais mais distantes demoram mais tempo para chegar a água.

Uma preocupação muito grave que venho a muitos anos alertando:   

No centro do município de Seropédica passam duas Adutoras por baixo da Praça Nildo Romano, a uma profundidade de mais ou menos 6 metros. Estas Adutoras foram construídas no período de Getúlio Vargas, e nunca romperam. Elas recebem diariamente atrito da água e de areia que entra na tubulação, e cada dia que passa a espessura da chapa afina mais, podendo haver um acidente grave, ocasionando vitimas que circulam pela praça, ou até então que estão dentro das casas comerciais.

Desde a época da emancipação foi feito pedidos para que fosse desviado está tubulação do centro da cidade, mas até agora nenhum manifesto sobre isso. As manutenções são somente corretivas, são aquelas de reparos por causa de rompimento. Precisaria iniciar a manutenção preventiva, isto é, examinar se a tubulação não está em risco de romper, evitando uma catástrofe, como ocorreu a pouco tempo no Mendanha.

Conheçam a história destas Adutoras

Quando a Prefeitura do Distrito Federal assumiu o serviço de águas e esgotos, a cidade do Rio de Janeiro recebia em média 510 milhões de litros de agua por dia, e ainda sofria com um déficit no abastecimento da ordem de 20%.

Os primeiros movimentos do Departamento de Águas e Esgotos a fim de cobrir o déficit foram a adução das águas do rio Iguaçu, em Duque de Caxias, e a construção elevatória do Juramento, em Vicente de Carvalho, também chamado de ‘Booster’ do Juramento, que permitia elevar o volume de águas trazido de Lajes.

O contrato para a construção da segunda adutora de Ribeirão das Lajes foi assinado em 20 de novembro de 1946 com a Sociedade Industrial Tetracap Ltda., mas as obras iniciaram um ano depois, devido a problemas no fornecimento de material, importado dos Estados Unidos.

A primeira parte da adutora estava terminada em 29 de outubro de 1948, mas a inauguração oficial só se deu em 31 de janeiro de 1949, com ao reservatório do Pedregulho, proporcionando um reforço para a cidade de 220 milhões de litros diários à cidade. No mesmo ano da inauguração da segunda adutora de Lajes, foi construído o reservatório de Quintino e, no ano seguinte, os de Honório Gurgel e da Mãe d’Água, na Ilha do Governador. Também em 1950 foram entregues à cidade as elevatórias da rua Bartolomeu Mitre, no Leblon, e da Ponte dos Marinheiros, na Praça da Bandeira, e iniciadas as obras da estação de tratamento de Santa Cruz, que recebia a água do canal de Ita, próximo à Ponte dos Jesuítas.

As serras de Friburgo e Teresópolis, que desde 1892 proviam água para Niterói, continuaram a ser a principal fonte de abastecimento para aquele município. Em 1954 entrou em operação o sistema de captação do canal de Imunana, que recebe contribuições dos rios Guapiaçu e Macacu e deságua no rio Guapimirim.

Nele foi instalada a estação de tratamento de água (Eta) do Laranjal para torná-la potável. Mal terminou a segunda adutora do Ribeirão das Lajes, a Prefeitura começou a estudar a construção de uma nova adutora, a terceira em concreto armado, que fosse capaz de propiciar 225 milhões de litros de água adicionais por dia e atender a cidade até 1960.

Além do próprio Ribeirão das Lajes, voltou-se a cogitar a captação das águas do rio Paraíba e do rio Guandu-Açú, afinal escolhido. O projeto, chamado inicialmente Guandu-Leblon, tinha a finalidade de atender as zonas altas e as extremidades da cidade, não atingidas pelas duas adutoras de Lajes, permitindo ainda o melhor aproveitamento dos mananciais locais. Um projeto para a adução conjunta Lajes-Guandu tinha sido estudado pelo Engenheiro Henrique Novais em 1941, mas fora abandonado para a construção da segunda adutora de Lajes.

Em 1951, foi constituída uma comissão decidida a alongar o alcance do projeto, que foi então revisto duas vezes. Ao final, ele deveria ser dividido em três etapas a serem concluídas em 1980, quando a cidade passaria a receber mais 1,2 milhão de litros por dia. As circunstâncias o tornariam ainda mais ambicioso.

O projeto demandou oito concorrências públicas, realizadas entre novembro de 1951 e agosto de 1952. No dia 25 de agosto de 1952, no Palácio Guanabara, os contratos para a execução das obras foram assinados. A primeira parte estaria concluída em julho de 1955 ao alcançar o reservatório do Engenho Novo. Porém, com nova alteração no projeto para reforçar o abastecimento de água da zona sul, decidiu-se estender a adutora até o Horto Florestal, com a perfuração em rocha de um túnel de 7,3km de extensão até o reservatório dos Macacos.

A primeira etapa da adutora do Guandu, quando concluída, tinha pouco mais de 36 km, metade da extensão de Lajes, e capacidade para 380 milhões de litros de água por dia. Batizada de Henrique Novais, em homenagem ao engenheiro que primeiro percebeu a possibilidade de aproveitamento do rio Guandu permitiu um salto no abastecimento de milhão de litros de água por dia. Todavia, a segunda etapa do projeto do Guandu, prevista para estar concluída em 1960, nem se iniciara quando ocorreu a transferência da capital federal para Brasília.

Fotos de substituição de uma Adutora que rompeu na travessia da estrada Rio são Paulo em 2014. Observem que Adutora é somente chapa calandrada, sem a proteção de concreto como são as antigas Adutoras.

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