O Maçom acredita em um único Deus criador e na imortalidade da alma
A Maçonaria surgiu na Idade Média, mas suas crenças pregam uma história bem mais antiga.
Diferentes autores maçons traçam o início da mitologia em torno da irmandade a vários pontos da história religiosa. A tese mais “aceita” entre eles determina que os descendentes de Noé (o da arca) foram um tipo de “maçons ancestrais”, porque, como hebreus, acreditavam em um único Deus criador e na imortalidade da alma. Dois preceitos fundamentais do Maçom.
Ainda segundo a crença maçom, os herdeiros de Noé misturaram-se com diversos outros povos na Torre de Babel. Mas, quando ela desabou, os preceitos da irmandade (chamados de “mistérios”) se espalharam para diversas outras religiões, que passaram a praticar, portanto, a “maçonaria espúria”. Os hebreus continuaram com a “maçonaria pura”.
O grande momento lendário maçônico é a construção do Templo de Salomão. Ele simboliza o início da maçonaria como a conhecemos hoje porque uniu brevemente as duas divisões. Os espúrios, que encaravam a maçonaria mais como prática de engenharia, foram os construtores; os puros, que a viam mais como uma religião, foram os sacerdotes do rei Salomão.
O arquiteto Hiram Abif tinha um pouco dos dois grupos: ele organizou a edificação do templo e a criação dos rituais. Ou seja, conhecia todos os segredos. Três operários gananciosos tentaram arrancar e esse conhecimento, não conseguiram e o mataram. Essa traição e o sacrifício de Abif para proteger a irmandade são considerados, até hoje, o “big bang” da maçonaria.
Historiadores acreditam que pedreiros itinerantes da Idade Média foram os verdadeiros precursores da ordem. Seus conhecimentos exclusivos de como construir grandes edificações, como castelos e igrejas, os deixavam em posição privilegiada: eles tinham autonomia dentro dos reinos, mas também ficavam próximos do poder, juntos dos reis e do clero. É daí que vem o nome do grupo: “masonry”, em, em inglês, é a técnica de construção com tijolo e argamassa.
No século 18, a maçonaria começou a se organizar em Grandes Lojas, que passaram a aceitar cada vez mais gente de diversas profissões e posições sociais. A sabedoria operativa (de erguer templos e castelos) deu espaço à sabedoria especulativa, filosófica. No século 19, duas Grandes Lojas europeias viraram referência: a Grande Oriente da França e a Grande Loja Unida da Inglaterra
Nos EUA desde a era colonial já havia duas grandes Lojas que não se bicavam. Após a independência do país, a maçonaria foi constituída do zero, com Lojas independentes das europeias, e até com seu próprio sistema de gradação (o Rito de York), que hoje é seguido por 80% dos maçons do mundo.
Maçonaria no Brasil
Para alguns estudiosos, a Maçonaria surgiu em Paraty por volta de 1700, quando os primeiros maçons teriam chegado à vila fugindo de perseguições do Velho Mundo. A Maçonaria influenciou a arquitetura de Paraty e também de todo o mundo desde que a humanidade deixou de viver em cavernas.
De acordo com Harry Carr, no seu livro “O Ofício do Maçom”, até o final dos anos de 1600 os maçons ditos “operativos” tiravam seu sustento da arte de construir. Depois desta data as características do ofício começaram a mudar e até a metade do século XVIII as Lojas perderam o interesse pelo comércio e passaram a exercer atividades de cunho social e beneficente, abrindo espaço para cavalheiros e negociantes sem nenhum contato com a Arte de Construir (antigo Ofício) e que consolidaram os ensinamentos e princípios especulativos da Maçonaria Moderna.
No ano de 1722 levantou-se em Paraty o Porto Principal (hoje Cais) e neste mesmo período foi construída na Vila uma trincheira para protegê-lo (hoje Praça da Bandeira), vis-à-vis com o balizamento da cidade ocorrido entre os anos de 1719 e 1726. Todo esse conjunto de medidas foi proporcionado pelo aumento do fluxo comercial e principalmente em função do escoamento do ouro, impulsionando economicamente a Vila e permitindo o empenho para novas construções e benfeitorias em quase todos os aspectos, não só relativos à segurança, mas também foram considerados os aspectos inerentes ao transporte (em 1728 a antiga Trilha dos Goianás, conhecida como Caminho do Ouro, é ampliada permitindo a passagem de animais de carga).
Com o progresso da mineração em Minas Gerais, a Vila de Paraty alcança a posição de entreposto regional. A Vila de Paraty torna-se promissora e sua povoação já ostentava 400 casas construídas com paredes de pedra e cal e outras de pau-a-pique (estuque). Dentre todas as casas, 40 eram grandes sobrados. As casas comerciais somavam um total de 60 estabelecimentos os quais transacionavam principalmente aguardente, secos e molhados, entre outras mercadorias trazidas de Minas Gerais, região de São Paulo e até mesmo da Europa. Em 1750, a Vila de Paraty já possuía o título de segundo porto da Colônia Portuguesa.
“A construções do perímetro da cidade e das casas era usado a constante “π” (PI) simbologia matemática considerado como a Constante de Arquimedes, já que o matemático foi o primeiro a chegar aos cálculos e resultados da razão entre perímetro/diâmetro”. Nota do Seropédica Online.
No Brasil existe 17 Grandes Orientes Independentes confederados à COMAB ainda não constam no “List of Lodges“, mas possuem aproximadamente 28.942 membros. Somando todos, temos um total de mais de 211.000 maçons no Brasil, distribuidos em aproximadamente 6.000 Lojas.
Em Seropédica existem 2 Lojas Maçônicas: Loja Maçônica Caminho Luz, e a Loja Maçônica Estrela de Seropédica.
FONTES Livros Encyclopedia of Freemasoney and Its Kindred Sciences e The Symbolism of Freemasonry, de Albert G. Mackey; O Livro Secreto daMaçonaria, de Otavio Cohen; Born in Blood –http://correiodeparaty.blogspot.com
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