A CEDAE vem tratando sua água erradamente há décadas, quem paga o pato é a população
6 de julho de 2020

A Companhia Estadual de Águas e Esgoto do Rio de Janeiro (CEDAE), há décadas vem tratando esgotamento sanitário para o abastecimento de água humano, em sua captação na Estação de Tratamento no Rio Guandu.

Tratando esgotamento sanitário para a sedentação, e com o sistema de tratamento ultrapassado, se comparado a países que também tratam esgotamento para a sedentação, que tiveram que modificar o sistema existente, devido ao fato de que no esgotamento sanitário, encontram-se produtos químicos, como os químicos de medicamentos, que são eliminados através das fezes e da urina; “a CEDAE vem CONTAMINANDO a população carioca que consome a água tratada e fornecida no sistema guandu”.

Só para se ter ideia do tamanho do problema de saúde, causado por consumir água tratada de esgotamento sanitário; a França, que também trata esgotamento sanitário para o abastecimento humano, começou a perceber que os homens estavam ficando ESTÉREIS, por consumirem a água tratada e fornecida, carregada  de anticoncepcionais femininos eliminados pela urina, presente na água fornecida, que não são eliminados nos tratamentos convencionais.

Tal fato levou a França a mudar o sistema de monitoramento e de tratamento da água fornecida a população.

Este esgotamento é captado e tratado pela CEDAE para o abastecimento do Rio de Baixada

Esgotamento sendo despejado no Rio Guandu, vindo do Município de Nova Iguaçu.

Já a CEDAE que trata esgotamento sanitário para o abastecimento humano, continua a fazer uso dos mesmos processos de monitoramento, e de tratamento de águas, sem levar em conta a contaminação nas águas tratadas, dos químicos de medicamentos, e demais químicos existentes nas águas de esgotamento captadas por ela CEDAE.

Este tema, de contaminação dos químicos de medicamentos existente nas águas captadas pela CEDAE, foi apresentado por nós na 9ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA TÉCNICA DE ESTUDOS GERAIS CTEG – 2019 do Comitê Guandu –  CONTAMINANTES existentes nas águas captadas pela CEDAE para o abastecimento a população -, que aparentemente, não deu a devida importância ao mesmo.

Reunião do Comitê Guandu

A quantidade de esgotamento sanitário que existe no Rio Guandu, que é captado pela CEDAE para o tratamento e o abastecimento humano, leva a outras contaminações, como por exemplo; a contaminação por produtos químicos utilizados no próprio tratamento. São utilizados toneladas, e toneladas de produtos químicos todos os dias pela CEDEA, para eliminar o esgotamento sanitário existe nas águas captadas do Rio Guandu, que além de não eliminar diversos produtos químicos existente nas águas captadas, tornam o tratamento mais caro, e acabam por contribuir, em também contaminar a água fornecida a população.

Captação e tratamento de águas feitos pela CEDAE no Rio Guandu.

Captação e tratamento de águas feitos pela CEDAE no Rio Guandu.

O Comitê Guandu, possui a responsabilidade de cuidar e de melhorar a saúde hídrica na bacia do Rio Guandu no Estado do Rio de Janeiro. Criado a mais de uma década, e tendo como participantes; o Governo do Estado do Rio de Janeiro, das Prefeituras, e da sociedade civil, existentes na bacia do Rio Guandu; o Comitê Guandu não conseguiu mudar em NADA a saúde hídrica do Rio Guandu, que a cada ano se apresenta mais poluído, e com suas matas ciliares devastadas, contribuindo para o assoreamento do rio.

O jogo de empurra, é a tônica nas questões hídricas no Estado do Rio de Janeiro.

Eternas reuniões no INEA, que não servem para nada, em relação a despoluição do Rio Guandu.

O Instituto Estadual do Ambiente (INEA), deveria ser o responsável pela qualidade das águas do Estado do Rio, e principalmente das águas do Rio Guandu, que são captadas pela CEDAE para o abastecimento humano. O INEA, deveria acionar as Prefeituras que não tratam seus esgotamentos sanitários, que são despejados no Rio Guandu, prefeituras estas, que possuem acento no Comitê Guandu, e que vivem de contar história, sem nenhuma medida de médio e longo prazo que vise o tratamento do esgotamento sanitário produzidos em seus territórios.

Universidades pelo Brasil, já alertam para esta questão de contaminação dos químicos de medicamentos presentes nas águas tratadas de esgotamento sanitário e fornecidas a população.

20 de abril de 2017 · Reportagem: Camila Raposo

Pesquisadores avaliam a presença de 210 produtos diferentes no Arroio Dilúvio – Foto: Maia Rubim/PMPA.

Resíduos de medicamentos e hormônios na água preocupam cientistas.

Os contaminantes emergentes são objetos de estudos em todo o mundo. Em Porto Alegre, pesquisadores da UFRGS realizam monitoramentos periódicos no Arroio Dilúvio e em estações de tratamento.

Ações existem nos Ministérios Públicos, que se arrastam por conta de uma legislação que favorece o não cumprimento das leis, mesmo com o empenho de Promotores, que em muitas das vezes até formulam a Ação Civil Pública, que é indeferida por esse ou aquele Juiz que venha receber a mesma, ou seja; o Promotor passa dois anos na maioria das vezes formulando a ação, e o Juiz simplesmente a ignora, e não pune aqueles que estejam descumprindo as leis.

A contaminação por químicos de medicamentos presente nas águas captadas pela CEDAE no Rio Guandu, destinadas ao abastecimento humano, podem produzir diversos tipos de problemas de saúde, tanto em humanos, quanto nos animais existentes no Rio Guandu, sejam os peixes, sejam as aves que se alimentam dos peixes.

Nos humanos, as contaminações vão desde a infertilidade por conta dos anticoncepcionais presente na água como também a contaminação por outros produtos químicos ou não, como é o caso do CHUMBO, um dos metais existentes nas águas captadas pela CEDAE no Rio Guandu. O chumbo presente na água fornecida a população, é acumulativo no organismo, e se deposita principalmente nas articulações, no fígado, no sistema nervoso e no cérebro, causando diversos tipos de problemas de saúde, problemas estes que NÃO possuem tratamento de reversão, onde o paciente terá que conviver com o problema de saúde pro resto da vida, e em muitos casos administrando algum tipo de medicamento, para aliviar os sintomas da contaminação.

Sem as devidas informações, a população é contaminada, e tem sua saúde prejudicada lentamente, em doses homeopáticas, e sofrerão as conseguencias desta contaminação no futuro.

Sem vontade política, e com os organismos de fiscalização e controle sem autonomia para punir os degradadores; não vemos melhorias em um futuro próximo na qualidade da água do Rio Guandu captada pela CEDAE, onde o jogo de empurra irá persistir, e a população continuará sendo contaminada lentamente.

 

Por: Gilvoneick de Souza

Diretor Presidente da Defensoria Socioambiental