Combustível é produzido a partir de biogás de resíduos de aterros sanitários
BRASÍLIA — A produtora de aços planos Ternium Brasil firmou novo contrato de aquisição de biometano da Gás Verde para sua produção siderúrgica. A assinatura foi divulgada pelas empresas esta semana, após uma reunião no centro industrial de Santa Cruz, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Produzido a partir de biogás de resíduos de aterros sanitários, o biometano vai ajudar a companhia intensiva em energia a reduzir suas emissões de gases de efeito estufa na produção de aço.
A Ternium utiliza o biocombustível desde 2019. A companhia é a primeira do setor na América Latina a empregar o biometano no processo produtivo.
“Agora, com o novo acordo, reforçamos o compromisso de usar o gás do lixo que beneficia empresas, sociedade, meio ambiente e a comunidade no entorno”, comenta o presidente da Ternium Brasil, Marcelo Chara.
O biometano fornecido pela Gás Verde é produzido no Aterro Sanitário de Seropédica (RJ). A empresa do grupo Urca Energia produz cerca de 130 mil m3/dia no aterro de Seropédica e, até o fim do ano, espera chegar aos 150 mil m3/dia no ativo.
Em paralelo, a companhia está investindo na conversão das usinas de geração de energia a biogás dos aterros de São Gonçalo e Nova Iguaçu em plantas de produção de biometano.
Com isso, a Gás Verde espera atingir, no segundo semestre de 2024, uma produção de até 400 mil m3/dia nesses três ativos.
Marcel Jorand, CEO da Gás Verde afirma que a adoção do renovável no processo industrial elimina a necessidade de compensação, uma vez que reduz, de fato, as emissões das empresas.
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