Até o fim do ano, além das doses já disponibilizadas, serão necessárias entre 8 e 9 milhões de novas doses a serem utilizadas para imunização da população do estado
A Secretaria de Estado de Saúde já distribuiu 3.136.155 doses de vacina contra febre amarela, entre janeiro deste ano e esta segunda-feira (27/3), aos 92 municípios do RJ. A distribuição das vacinas está sendo definida por meio de critérios técnicos, considerando a população elegível de cada município, a localização geográfica e o cenário epidemiológico do RJ, além de estados vizinhos – como Minas Gerais e Espírito Santo -, que estão sob monitoramento constante das equipes de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da SES.
Como autoridade de saúde pública do Estado, nossa função é orientar os municípios e fornecer as doses que nos são disponibilizadas pelo Ministério da Saúde. Os municípios são responsáveis por organizarem suas estruturas para imunização de seus habitantes, observando as contraindicações e, principalmente, priorizando a vacinação das pessoas que vivem nas áreas rurais e próximas às matas.
Isso porque a forma da doença que estamos observando está sendo transmitida pelo vetor silvestre. É essencial que os municípios sigam as orientações da SES, que estão sendo constantemente atualizadas e enviadas a todos os 92 municípios por meio de notas técnicas. Também já realizamos encontros presenciais reunindo prefeitos e secretários municipais de saúde. Nosso objetivo é trabalhar em conjunto e apoiar as prefeituras para que possam ser organizadas as mobilizações para vacinação – detalha Luiz Antônio Teixeira Jr, secretário estadual de Saúde.
A expectativa da secretaria é vacinar, até o fim deste ano, toda a população do estado, respeitando as contraindicações. Para isso, serão necessárias entre 8 e 9 milhões de novas doses da vacina. O fornecimento de doses para o RJ vem sendo discutido em reuniões técnicas da SES com o Ministério da Saúde, observando o cronograma de produção dos insumos pela BioManguinhos – Fiocruz. A entrega das vacinas é feita pela SES às prefeituras, respeitando critérios técnicos como a vulnerabilidade das regiões, além das capacidades operacionais e de armazenamento de cada cidade.
Com os dados que temos sobre a distribuição de doses e os pedidos de reabastecimento que nos são enviados pelos municípios, podemos estimar que cerca de 80% das doses que disponibilizamos já foram utilizadas pelas secretarias municipais de saúde. Cada prefeitura tem autonomia para organizar sua vacinação, observando as orientações da SES e do MS, de forma adequada para atender à sua população, respeitando suas capacidades de armazenamento e operacional. É fundamental que as contraindicações sejam observadas, uma vez que elas são necessárias para que se possam prevenir os eventos adversos da vacina – explica o subsecretário de Vigilância em Saúde da SES, Alexandre Chieppe.
Municípios organizam suas estratégias de imunização
O percentual de imunização de cada cidade deve ser informado pelos municípios, responsáveis pela inserção dos dados no sistema de vigilância. A definição quanto ao início, período de duração e encerramento das campanhas é uma atribuição dos municípios e deve seguir as particularidades da estrutura de saúde de cada cidade. A Secretaria de Estado de Saúde estima que, até o fim do ano, todas as cidades terão concluído suas mobilizações para a imunização.
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