Servidores podem ficar sem salários se estados ficaram de fora da reforma, diz Guedes
Ministro da Economia apontou que 70% dos gastos públicos também em municípios são com pessoal e que poderá faltar recursos para salários e aposentadorias
O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a apontar riscos para o funcionalismo público de todo o país se a Reforma da Previdência não englobar estados e municípios. Guedes fez a declaração, nesta terça-feira, durante audiência da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. Ele afirmou que 70% dos gastos públicos já são com pessoal, e, segundo o ministro, nesse ritmo, também poderá faltar recursos para Saúde e Educação.
Não é a primeira vez que o ministro faz esse alerta. Em outra ocasião, ele deu o mesmo aviso, porém, referindo-se ao funcionalismo da União. Agora, ele estende esse discurso para defender os demais entes na reforma.
O ministro chamou a atenção para o tema ao comentar as falas do deputado Carlos Jordy (PSL-RJ), que abordou os altos gastos públicos de alguns estados com a folha salarial de aposentados e pensionistas.
O parlamentar citou o caso do Estado do Rio: “A folha de inativos é de R$ 1,3 bilhão mensal, e a contribuição de servidores ativos é de R$ 420 milhões. O aporte que o estado tem que dar é de R$ 600 milhões e mais R$ 300 milhões com royalties. É isso o que não podemos mais suportar no Brasil”.
Guedes citou o peso das folhas de pagamentos para todos os entes da federação. “O que está acontecendo hoje é o seguinte: na maioria dos estados e municípios os gastos com pessoal já chegaram a 70%; 40 (por cento), em alguns estados, com inativos, e 30 (por cento) com ativos”, disse.
“Ou seja, 70% dos gastos públicos já são só com pessoal. Então, em muito pouco tempo, vai faltar dinheiro mesmo para Saúde, para Educação, para saneamento, para tudo… porque a máquina não está processando bem esses recursos. Ela está consumindo esses recursos e não vai conseguir sequer pagar nem o funcionalismo nem as aposentadorias”, declarou o ministro.
Paulo Guedes afirmou ainda que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6 é a opção para o país voltar a crescer: “Essa reforma não é uma reforma que a gente goste de fazer. Nós não estamos fazendo isso porque é bom, porque é bonito. Não é… é porque não há alternativa”.
Fonte: O DIA
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