O Secretário de Comunicação Turismo e Eventos da Prefeitura Municipal de Seropédica Thiago Ribeiro esteve no dia 21/06 com o Presidente da Confederação de Balonismo do Brasil Sr. Edson Romagnoli, o Presidente Da Confederação Aero desportiva Brasileira Sr. Leonel Brites e representantes da confederação internacional de Balonismo Sr. Clark na Cidade de Rio Claro no Estado de São Paulo, credenciando a Cidade de Seropédica para sediar uma etapa da copa do Brasil de Balonismo.
Segundo Thiago Ribeiro as negociações ainda estão sendo feitas para que esta etapa seja feita este final de ano, só dependendo ainda que os responsáveis pelo evento de o sinal verde, e comemora: “A parte mais difícil conseguimos, que era credenciar o município para participar deste grande evento”.
História do Balonismo Moderno
Com o surgimento do avião 23 de outubro de 1906 de Alberto Santos Dumont, os balões foram relegados a segundo plano. Somente de tempos em tempos eram reativados para aventurar como travessia do deserto ou exploração polares
Ed Yost e outros 3 amigos montaram Raven Industries em Sioux Falls, Dakota do Sul, um dos primeiros trabalhos da Raven foi para comissão US Navy’s Office of Naval Research (ONR) para criar um avião que ia levar um homem e combustível suficiente para voar durante três horas, transportar uma carga de 10000 pés, e de ser reutilizável.
Além disso, o sistema deveria ser de pequenas dimensões, leve e um mínimo de pessoas para a operação. Em 22 de outubro de 1960, Yost fez o primeiro voo livre de um balão de ar quente moderno com maçarico de querosene e envelope de filme plástico. Tendo mudado o balão para náilon no envelope, e havia recriado o maçarico agora com gás propano. O peso bruto do balão, incluindo Yost e os combustíveis, era 404 libras. A duração do voo foi de 25 minutos e o pouso a 3 milhas da decolagem. A partir de 1960 surgiria o protótipo do balão moderno com envelope de 1000 m³. E queimadores alimentados a propano, a 10 de outubro de 1960 renascia no estado americano do Nebraska, a pratica do balonismo a ar quente .
Hoje balonismo conquistou todos os continentes e dezenas de milhares de balões estão registrados em clubes e departamentos de aviação civil , pois como toda aeronave o balão deve ser registrado em seu pais de origem. Os modernos balões a ar quente são muito maiores que os balões a gás, já que o ar quente é muito mais denso que o hidrogênio , e portanto , maior quantidade de ar é necessária para garantir a ascensão . De todas as formas e cores os balões a ar quente não mais representam uma louca aventura de irresponsáveis ou de quem confia no destino dos ventos. Ao contrário a tecnologia de construção do invólucro e dos queimadores e das nacelas confere ao balonista total controle da ascensão e da descida. Com um mínimo de experiência um balonista pode interpretar as variações do clima escolher a melhor camada de ar estabilizar o balão e fazê-lo subir ou descer sem qualquer margem de erro.
Fonte História de la Navegación Aérea Arthur Gordon Ed. Labor S.A.
Balonismo no Brasil.
História do balonismo moderno no Brasil
No Brasil só nos últimos 30 anos o balonismo retornou para chegar ao ano 2000 com sinais de um crescimento vigoroso. E tanto na primeira vez como da segunda vez, note americanos foram responsáveis pela chegada dos balões ao pais. Em 24 de julho de 1867, durante a guerra do Paraguai, o exército brasileiro contratou os serviços dos irmãos Allen, que tinham feito fama como observadores aéreos durante a Guerra Civil Americana (1860-1865) de seu país. Cerca de 20 ascensões foram realizadas pelos irmãos Allen. Junto com eles subiram oficiais brasileiros encarregados das observações militares, o primeiro deles que participou do histórico voo de 24 de junho de 1867, foi o capitão de Estado-Maior de 1 classe Francisco Cezar da Silva Amaral, seguindo-se o capitão de engenheiros Conrado Jacob de Niemeyer, o capitão Antônio da Sena Madureira e o primeiro-tenente Manoel Peixoto Cursino do Amarante. Assim o exército brasileiro teve o pioneirismo do uso da aviação militar na América Latina, durante as comemorações de 125 anos deste feito foi incluído no distintivo da Brigada Aviação do Exército hoje baseada em Taubaté SP ostentando um Balão.
Findo o conflito o exército chegou a comprar alguns equipamentos para inflá-los e os irmãos Allen treinaram os primeiros pilotos brasileiros Com o passar do tempo e o surgimento dos aviões , mais modernos e manobráveis que os balões ocorreu seu abandono em nosso pais.
Passados 100 anos em 1970 o empresário paulista Victorio Truffi viajou aos Estados Unidos. Entusiasta dos balões Truffi aproveitou a viagem para tirar brevê de balonista e para adquirir seu primeiro balão de ar quente. Já naquela época o balonismo de ar quente era uma febre entre os norte-americanos e europeus e vendo a possibilidade para essa modalidade de aero desporto em seu pais Truffi convidou um balonista americano, Robert Rechs, para acompanhá-lo como instrutor, o primeiro voo de um moderno balão de ar quente em território brasileiro foi realizado por Truffi e Rechs na cidade paulista de Araraquara, no dia 20 de outubro de 1970.
A partir daí Truffi passou a voar regularmente em festividades aéreas criou um clube numa granja de sua propriedade em Cotia e passou a instruir novos entusiastas. Em 1975 o Ministério da Aeronáutica usando como base os regulamentos Norte Americanos trazidos por Truffi começou a definir as normas brasileiras para o esporte. E em 1978 começou emitir breves nacionais de pilotagem. Os dez anos seguintes foram caracterizados por uma rápida divulgação do balonismo, auxiliadora pelo seu uso em festas aéreas e por serem utilizados para divulgar marcas comerciais de alguns produtos importantes. Surgiram vários clubes, em São Paulo e em outros Estados, e aumentou o número de balões, alguns importados e outros de fabricação local.
Em 1987, finalmente, realizou-se na cidade de Casa Branca o I Encontro Brasileiro de Balonismo, que contou com a presença da maioria dos entusiastas do desporto e de representantes do DAC. Na ocasião os problemas do balonismo foram amplamente debatidos e definidas as regras para a sua prática. Pouco depois, em dezembro de 1987, era fundada a Associação Brasileira de Balonismo, órgão máximo da modalidade em nosso país.
Estatisticamente o mais seguro dos chamados esportes aéreos (no Brasil nunca ocorreu um acidente fatal) o balonismo tem algumas características interessantes como o baixo custo da sua prática e a ênfase pelo trabalho de equipe, já que tanto para inflar como depois para recuperar o balão é necessário equipe de terra. Só nos Estados Unidos existem hoje cerca de 5.500 balões de ar quente registrados, enquanto a Inglaterra, o país europeu onde esse desporto é mais difundido, possui outros 1500. No Brasil, por enquanto, são pouco mais de cinquenta balões registrados, parte deles adquiridas no exterior e parte de fabricação nacional. O DAC tem regras claras para o registro de balões, que levam matrícula civil como qualquer aeronave. Os balões fabricados no Brasil têm quase todos certificado na categoria Experimental. Já foram emitidos, no Brasil, 98 brevês de pilotos de balão, 50 dos quais estão ativos na prática do desporte.
Há também, no Brasil, quatro empresas fabricando os envelopes dos balões (de tecido sintético especial), duas fabricantes de cestos e uma produzindo os queimadores.
Os cilindros de gás e parte dos instrumentos a bordo são ainda importados, mas já há empresas interessadas em fazê-lo aqui, e sua produção não envolve qualquer problema técnico acima da capacidade da indústria nacional. Tudo é uma questão escala e a nacionalização completa acontecerá quando o número de balões e balonista aumentar.
Já foram realizados Campeonatos Brasileiros de Balonismo. O primeiro, em 1988, foi na cidade de Casa Branca (SP) e o segundo, em 1989, na cidade paulista de Americana. Naquele mesmo ano pela primeira vez um balão fabricado no Brasil participou de um Campeonato Mundial, realizado em Saga no Japão. O representante brasileiro sagrou-se, então, em 48º lugar competindo contra 102 participantes de vários países.
A prática do balonismo já está regulamentada pelo Ministério da Aeronáutica e espera-se ainda para breve seu reconhecimento oficial pelo Conselho Nacional de Desportos. Isso conseguido os balonistas poderão disputar oficialmente provas internacionais e contarão com o apoio das vantagens que o CND concede aos esportes oficializados. O fato de que não necessitarem de pistas de pouso e nem de hangar especiais, dão aos balões de ar quente amplas possibilidades de divulgação no Brasil e não seria exagero acreditar nas estimativas otimistas dos praticantes dessa modalidade de que poderemos comemorar os 30 anos do primeiro voo de Vitorio Truffi com mais de 100 balões registrados. Ou chegar a 2008 com 260 máquinas matriculadas (fonte ANAC). Mas, mesmo hoje, o Brasil já é o país sul-americano onde esta modalidade está mais desenvolvida.
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