Seropédica, na Região Metropolitana do estado, é o mais recente município a integrar a campanha de controle da Brucelose realizada pela Pesagro-Rio, empresa de pesquisa agropecuária vinculada à secretaria estadual de Agricultura. Nesta semana, foram vacinadas as primeiras novilhas de três a oito meses de uma propriedade rural, no município. A imunização foi feita por médico veterinário habilitado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa. A estimativa é que sejam vacinadas anualmente 1.500 bezerras.
A ação integra o projeto Leite Limpo, com recursos da Faperj – Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro – que visa o controle de zoonoses, disponibilizando vacinas para secretarias municipais de Agricultura, que são aplicadas sem ônus para produtores familiares.
Participantes do projeto desde 2012 e 2013, respectivamente, os municípios de Carmo e Cantagalo, na Região Serrana, já apresentam resultados. Em Carmo está localizada a primeira propriedade no estado certificada como livre de Brucelose e Tuberculose. Neste trabalho cerca de 5 mil animais já foram vacinados. Miracema e Santo Antônio de Pádua, no Noroeste fluminense, também solicitaram suas inclusões neste ano no projeto, que também conta com o apoio do Programa Rio Leite e da Defesa Agropecuária da secretaria estadual de Agricultura e acontece em parceria com os municípios.
A pesquisadora da Pesagro-Rio e coordenadora do projeto, Leda Kimura explica que o trabalho consiste em diferentes etapas. Uma delas é a análise dos animais das propriedades dos municípios participantes, verificando suas condições de saúde.
Coletamos amostras de sangue dos bovinos durante nove meses para detectar a brucelose e proceder a exames imunológicos para testes de tuberculose. Isso é feito em intervalos de três meses, com os testes realizados em laboratórios credenciados pelo Mapa. Após três resultados negativos, a propriedade recebe a certificação de livre de brucelose e tuberculose – explicou ela, acrescentando que a medida é importante pois essas doenças causam prejuízos econômicos, uma vez que as fêmeas produzem pouco leite e abortam com facilidade. Essas enfermidades também podem ser contraídas pelo homem e causar infecções graves.
A segunda etapa do projeto tem como objetivo promover a identidade de derivados lácteos com um selo de qualidade para o produto. “Oferecemos todo o maquinário necessário para que a cooperativa produza queijos à partir do leite dessas propriedades certificadas. Inicialmente, o selo está sendo atribuído apenas ao queijo minas tipo frescal, mas a ideia é expandir para os demais laticínios” – destacou a pesquisadora.
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