Saiba quais são as doenças que mais afetam os homens de acordo com a faixa etária
15 de julho de 2018

Domingo é comemorado o Dia Internacional do Homem. Diferente das mulheres, que são incentivadas a frequentar o ginecologista desde a adolescência, o sexo oposto não costuma ter este cuidado com a saúde e só passa a se consultar com o urologista por volta dos 50 anos, quando começam a se preocupar com a possibilidade de câncer de próstata.

— Não existe uma cultura de consultas periódicas preventivas, principalmente durante a juventude. Também existe a questão do medo de descobrir alguma doença. Ainda ouvimos muito aquele ditado “quem procura, acha” — diz Alfredo Canalini, diretor da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

 

— Os homens não recebem esta orientação. Quando os adolescentes vão ao urologista, normalmente é por causa de uma doença sexualmente transmissível — lamenta o urologista Mauricio Rubinstein, professor da Uerj.

Uma das vantagens de se consultar com o urologista quando jovem é aprender, por exemplo, a fazer o autoexame testicular, aponta Maurício. O câncer de testículo corresponde 5% das neoplasias nos homens e é mais incidente entre 15 e 50 anos.

Outro fator que preocupa os especialistas é a vergonha que o homem sente de contar ao médico sobre os problemas que enfrenta, como a disfunção erétil.

— Às vezes, o homem tem certo pudor de conversar até mesmo com o urologista. Mas isso precisa mudar, porque a disfunção erétil é um importante sinalizador de doença vascular. Homens que têm disfunção correm mais risco de sofrerem um derrame, por exemplo — alerta Alfredo.

Doenças por etapa da vida

Criança

Fimose: É a incapacidade, ou apenas dificuldade, de retrair o prepúcio, que é a pele que recobre a glande ou a “cabeça” do pênis. É uma queixa frequente e ocorre em todas as idades, sendo mais comum na infância. O tratamento da fimose pode ser clínico ou cirúrgico. A cirurgia da fimose é a postectomia ou circuncisão, que consiste na retirada deste prepúcio.

Testículo não-descido: Também chamado de criptorquidia, ocorre quando um ou os dois testículos não migram do abdômen (onde são formados) para a bolsa testicular durante a gestação. Há chance de o testículo descer nos primeiros meses de vida, mas, caso isso não ocorra, é preciso correção cirúrgica

Jovem

DST: Algumas das doenças sexualmente transmissíveis estão associadas à frequente troca de parceiros, como a gonorreia, sífilis, HPV e AIDS. A melhor prevenção é o uso de preservativos em todas as relações sexuais

Ejaculação precoce: É a disfunção sexual masculina caracterizada pela ejaculação que ocorre sempre, ou quase sempre, antes do tempo satisfatório para o casal. Na maioria dos casos envolve um nível de ansiedade elevado, mas também pode ter causas orgânicas (ou físicas), como: prostatite (infecção na próstata), alterações relacionadas com a serotonina, hipersensibilidade da glande e problemas da tireoide. O tratamento é por meio de psicoterapia sexual e de farmacoterapia

Adultos e idosos

Tumor de testículo: O tumor de testículo é o câncer mais comum em homens entre os 20 e 40 anos. O fator de risco mais comum é a história prévia de criptorquidia (testículo não-descido). Outros fatores de risco incluem a história familiar deste tumor. Mais de 95% dos casos são curáveis. A orientação é para todo homem e todos os pais de crianças do sexo masculino prestem atenção a um eventual aumento do volume da bolsa escrotal

Disfunção erétil: É a incapacidade de o homem manter uma ereção do pênis suficiente que possibilite uma atividade sexual satisfatória. Pode ser um sinal de doenças crônicas em atividade ou mesmo problemas psicológicos

Câncer de pênis: A questão da má higienização pode ser uma porta de entrada para várias infecções ou doenças que podem facilitar o surgimento do câncer de pênis com o tempo. O tratamento é apenas cirúrgico.

Andropausa: É a deficiência androgênica do adulto, que provoca uma queda de testosterona, trazendo problemas comportamentais. Pode ocorrer em homens com mais de 40 anos. Pelo mito de que só existe deficiência de testosterona quando há disfunção sexual, muitos recebem diagnósticos tardios

Câncer de próstata: Esse é o segundo tipo mais comum do público masculino. Seu pico de incidência é aos 65 anos. O diagnóstico é feito por meio da realização de toque retal e do exame sanguíneos de PSA (antigen prostático específico)

Fonte: EXTRA