Seja como passatempo ou de maneira profissional em competições oficiais, aos poucos o poker está se tornando um dos esportes mais populares do Rio de Janeiro. Com dois campeonatos estaduais consolidados e competidores que representam o país em grande nível, o avanço do Estado nos feltros é evidente.
O Campeonato Brasileiro de Poker, também conhecido pela sigla BSOP, é um dos melhores parâmetros para avaliar o desempenho no poker profissional. Afinal, esse circuito, que já existe há 12 anos, é o principal da América Latina e anualmente em média são disputadas sete etapas diferentes ao longo da temporada em que milhares de praticantes buscam a glória de se sagrar o campeão nacional.
Em 2018, nenhum carioca foi campeão de um dos três rankings do BSOP — classificados em Texas Hold’em, Omaha e Mixed Games —, mas alguns competidores se destacaram muito ao ponto de ficarem na parte de cima da disputa.
A temporada de Pablo Almeida de Menezes, por exemplo, foi muito relevante no cenário nacional. Representando o Rio de Janeiro nos maios torneios do país, ele ficou em sexto colocado do BSOP no ranking da modalidade Omaha.
O ótimo ano de Pablo nas mesas é ilustrado por um título em um evento secundário de uma etapa disputada em Florianópolis. Na ocasião, ele foi o vencedor na sua especialidade, o Omaha, e se consolidou ainda mais no ranking nacional.
Vitor Moreira foi mais um carioca que conseguiu título paralelo à etapa principal em uma das rodadas do BSOP. Na ocasião, ele venceu em Brasília, etapa em que mais pontuou no circuito. Frequente em vários torneios a nível nacional, ele conquistou bons resultados no ano e impulsionou sua carreira nesse esporte da mente.
Outro que também se destacou em excelente nível foi Ricardo Souza. O carioca ficou entre os 8 primeiros da etapa mais importante disputada na América Latina (BSOP Millions). Essa rodada marca o fechamento da temporada do BSOP e neste ano contou com milhares de participantes.
Ricardo participou da mesa final do evento principal, algo que lhe rendeu muita notoriedade no poker nacional e catapultou a sua reputação no ramo.
Além de brilhar no Brasil, o competidor é reconhecido por obter ótimos resultados em outros países. Consagrado internacionalmente, Ricardo liderou os brasileiros no Campeonato Mundial de Poker (WSOP). O carioca não ficou com o título, mas terminou com a excelente 37ª posição — entre mais de 7 mil competidores.
“Experiência fantástica chegar até aqui. Estou muito feliz com o resultado. Entre os sete mil que participaram, fiquei em 37º. Claro que a gente sempre quer mais e eu poderia ir além, mas estou feliz com o resultado”, afirmou Ricardo após a participação no Campeonato Mundial de Poker, realizado em Las Vegas. “Conseguir essa posição é algo que sempre ficará marcado”, completou.
A participação bastante produtiva em Las Vegas não foi a única participação de Ricardo nos feltros internacionais em 2018. Em agosto, o carioca viajou até Barcelona e ficou entre os 60 primeiros do prestigiado European Poker Tour (EPT).
Todos esses ótimos resultados de alguns dos cariocas que brilharam em 2018 são reflexo do bom poker disputado no Estado. Atualmente, dois campeonatos agitam a cena desse esporte no Rio de Janeiro: Copa Carioca de Poker e Campeonato Carioca de Texas Hold’em.
Ambos são consolidados no Estado, movimentam centenas de competidores e contam com boas premiações. Além disso, esses circuitos são muito importantes para manter o esporte sendo praticado em alto nível. Só em 2018, segundo o site da Copa Carioca de Poker, a competição recebeu sete diferentes etapas que foram entre janeiro a dezembro.
Apesar dos campeonatos terem competidores de grande nível, eles não excluem a possibilidade da participação de amadores e novos entusiastas, algo que sempre ajuda na popularização cada vez maior das cartas no Estado.
O poker no Rio de Janeiro conta com organização, boa estrutura, muitos lugares para praticar e intenso interesse dos locais. Com todos esses fatores, esse esporte só tem a crescer no Estado e seguir se consolidando como uma das principais referências nas cartas.
Formado em Sistemas de Informação pela FAETERJ, carioca de coração, apaixonado por teologia, tecnologia, matemática, geografia, história e pela sociedade em geral.