Responsável por vazar conversas do WhatsApp pagará R$ 40 mil
16 de agosto de 2018

Justiça do Paraná determinou que membro de grupo no aplicativo de mensagens deverá pagar indenização por danos morais

Um grupo do WhatsApp formado por ex-diretores do time de futebol Coritiba estão no centro de uma ação na justiça do Paraná. Bruno Tramujas Kafka foi sentenciado a pagar uma indenização no valor total de R$ 40 mil reais por ter compartilhado prints de mensagens trocadas pelo aplicativo.

De acordo com o processo, os membros do grupo “Indomável F.C” eram diretores do clube, entre eles os vices André Macias e Pierre Boulos, e utilizavam o WhatsApp para tratar de assuntos administrativos e para comentar jogos do time. Kafka havia sido incluído durante o período em que presto serviços ao time.

Em 2015, Kafka deixou o Coritiba e também o grupo no WhatsApp, mas levou prints das conversas que teve pelo aplicativo de mensagens. Essas imagens teriam sido enviadas para outras pessoas e outros grupos no aplicativo e também nas redes sociais. 

Em depoimento, um dos integrantes do grupo afirma que as conversas eram “manifestações de insatisfação com a situação do clube, bem como em relação a determinados dirigentes, grande parte delas em tom de brincadeira, fruto da amizade entre os integrantes e do sentimento comum de amor em relação ao clube”.

A defesa alegou que Kafka “agiu unicamente no exercício de sua liberdade de expressão, com o intuito de informar a coletividade de torcedores sobre a forma de gestão empregada no clube de futebol em comento”.

Na sentença, o Juiz James de Oliveira Macedo escreveu que “o abuso do direito de informar se deu pela forma como foram divulgadas as notícias, atingindo a imagem pessoal e profissional dos autores”.

Assim, cada um dos oito membros do grupo envolvidos na ação deverá receber R$5.000 por danos morais e também devem receber o valor dos custos processuais no valor de R$2.500,00. A defesa afirma que vai recorrer.

Por email, Bruno Kafka disse ao R7:

“O conteúdo do grupo não está sendo tratado da forma que deveria. Em nenhum momento foi disponibilizado assuntos de cunho pessoal. Tudo o que foi divulgado era ligado ao Coritiba e a gestão do Clube na época, está bem claro isso quando atenta-se às mensagens. Então, tenho convicção que o Tribunal irá avaliar bem a questão e reverter isso.”

R7 tentou entrar em contato com o jurídico do Coritiba, mas o resposánvel está ausente ao longo desta semana.

Fonte:R7