Para entendermos melhor, precisamos ir à História. O imperador romano Diocleciano (284 a 305 d.C) dividiu o império dele em províncias administrativas, que ele chamou de Dioceses. Em cada uma, ele colocou um vigário, que governaria a província em nome do imperador.
Quando o império romano caiu, a Igreja assumiu também esta divisão. E o que era chamado de Diocese, passou a ser a jurisdição de um bispo. Com o Concílio Vaticano II, este conceito de Diocese evoluiu para o conceito de “porção do povo de Deus para o pastoreio de um Bispo”.
Com o crescimento da Igreja e também o crescimento territorial, as dioceses foram se dividindo e formando novas dioceses. Em meio delas, aquelas com maior antiguidade e preeminência, foram chamadas de Arquidioceses (arqui em grego, significa primeiro).
Nela, se encontra um bispo que tem o título de Arcebispo. A Arquidiocese funciona como uma diocese, entretanto, ela agrupa em torno de si outras dioceses menores ou mais novas, chamadas de sufragâneas. Elas não dependem da Arquidiocese, mas se harmonizam, agrupadas, em uma Província Eclesiástica.
Paraty, Mangaratiba, Angra dos Reis, Itaguaí e Seropédica pertencem à Diocese de Itaguaí, uma diocese sufragânea à Arquidiocese do Rio de Janeiro. O território da Arquidiocese do Rio de Janeiro é referente ao território do Munícipio do Rio de Janeiro, e não ao Estado do Rio de Janeiro, como algumas pessoas pensam.
Bispos e arcebispos
O bispo é o pastor da Igreja particular, responsável pelo ensinamento da Palavra de Deus, pela celebração da Eucaristia e demais sacramentos, e pela animação e organização dos carismas e ministérios do Povo de Deus.
Ele deve fazer a visita “ad limina apostolorum” a Roma, e ao papa, de 4 em 4 anos, quando então apresenta à Santa Sé um relatório de sua diocese. É obrigado, pelo Código de Direito Canônico da Igreja, a pedir renúncia ao completar 75 anos, porém há casos especiais onde o Bispo pode continuar a frente de uma Diocese após os 75 anos com a permissão do Papa.
Já o arcebispo é o bispo de uma Arquidiocese, o titular da sede metropolitana, que é a diocese mais antiga de uma Província Eclesiástica, formada pelo conjunto de diversas dioceses.
Ele é responsável pelo zelo da fé e da disciplina eclesiástica e pela presidência das reuniões dos bispos da Província. Mas não intervém diretamente na organização e na ação pastoral das demais dioceses da arquidiocese.
O arcebispo usa, nos limites de sua Província, durante as funções litúrgicas, como sinal de unidade de sua Província com a Igreja em todo o mundo, o pálio, que lhe é entregue pelo Papa, no dia da festa de S. Pedro e S. Paulo, 29 de junho: uma faixa branca decorada de cruzes pretas que cobre os ombros, confeccionada com a lã de um cordeiro.
Formado em Sistemas de Informação pela FAETERJ, carioca de coração, apaixonado por teologia, tecnologia, matemática, geografia, história e pela sociedade em geral.