Polícia e MP cumprem mandados de busca e apreensão contra vereadores de Mesquita
6 de março de 2018

Políticos são suspeitos de praticar crimes de peculato, associação criminosa, fraude em procedimentos licitatórios e lavagem de dinheiro

Vereadores de Mesquita, na Baixada Fluminense, foram alvos de mandados de busca e apreensão na manhã desta terça-feira. A ação foi realizada pelo Grupo de Atribuição Originária Criminal da Procuradoria-Geral de Justiça do Ministerio Público do Rio de Janeiro (Gaocrim/MPRJ) e da Delegacia Fazendária da Polícia Civil.

Os alvos do mandados são o presidente e o vice-presidente da Câmara de Vereadores de Mesquita, Marcelo “Biriba” e Amaury Trindade da Silva; o presidente da Comissão de Licitações da Casa, Fabio de Brito; e os representantes legais das empresas LW Comércio e Serviço de Refrigeração e P.C. Araújo Informática – Me.

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Os políticos são suspeitos de praticar crimes de peculato, associação criminosa, fraude em procedimentos licitatórios e lavagem de dinheiro. Os mandados foram cumpridos nas casas dos investigados e nas dependências da Câmara Municipal.

 De acordo com o Ministério Público, as empresas LW Comércio e Serviço de Refrigeração e P.C. Araújo Informática – ME, vencedoras em licitações realizadas pela Câmara Municipal de Mesquita em 2017, não existiam nos endereços descritos no CNPJ. Além disso, há suspeita de um esquema fraudulento de empresas fantasmas utilizadas somente para emissão de notas fiscais, sem contraprestação do serviço contratado câmara.
 

As investigações também demonstraram que as empresas não tiveram concorrentes nas licitações vencidas. ”Há fortes indícios de que tais sociedades realmente não existam e que somente são utilizadas para lesar os cofres públicos através de contratos celebrados com a Câmara Municipal de Mesquita”, descreve trecho do requerimento de busca e apreensão

O Gaocrim e Polícia Civil investigam crimes contra a administração pública, fraudes em processos de licitação e ações de organizações criminosas, entre outras ilegalidades praticadas por agentes com foro por prerrogativa de função.

As denúncias de supostas fraudes na Câmara de Mesquita envolvendo o presidente, ex-presidente da Casa e vereadores foram reveladas com exclusividade em várias matérias veiculadas pelo SBT Rio a partir de dezembro de 2017.