A partir de suspeitas de que ativistas planejavam invadir laboratórios federais que mantêm animais, a Polícia Federal abriu inquéritos para investigar denúncias de maus-tratos às cobaias.
Na quarta-feira, a polícia fará uma perícia UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) e na Embrapa Agrobiologia (ambas em Seropédica, a 70 km do Rio).
O caso começou na semana passada, quando ativistas convocaram uma manifestação para quinta-feira em frente às instituições, às margens da rodovia BR-465.
O ato seria contra a técnica chamada “vivissecção”, operação feita em animal vivo para estudo ou experimentação, permitida no país.
Temendo episódio semelhante ao do Instituto Royal, em São Roque (SP), a universidade procurou a PF, que inicialmente abriu investigação sobre a ação dos ativistas.
O laboratório do instituto foi invadido no último dia 18 por manifestantes, que retiraram 178 cães do local.
Chamados para prestar esclarecimentos, três ativistas fizeram denúncias contra a universidade e a Embrapa.
Segundo eles, a UFRRJ tem um laboratório de testes com cães da raça beagle.
O protesto foi pacífico e reuniu 15 pessoas.
OUTRO LADO
Em nota, a universidade confirmou que mantém um laboratório com beagles em seu Instituto de Veterinária.
As pesquisas, informou, são para o desenvolvimento e teste de produtos veterinários para o controle de pulgas, carrapatos e vermes em cães e gatos.
Os medicamentos, esclareceu a universidade, são testados “in vitro” antes de serem aplicados nos animais.
Também por meio de nota, a Embrapa informou que “não realiza experimentação ou pesquisa com animais para testes de cosméticos ou correlatos de uso tópico e não pratica e nem estimula a vivissecção”.
Pesquisa Datafolha divulgada nesta semana mostrou que 66% dos paulistanos apoiam a utilização de ratos como cobaias.
Porém, apenas 29% são favoráveis ao uso de cães em pesquisas científicas para o desenvolvimento de medicamentos e tratamentos para seres humanos. Foram entrevistadas 690 pessoas no dia 25 de outubro.
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