Petrobras abrirá PDV para reduzir número de funcionários de empresas à venda. Este é o segundo Plano de Demissão Voluntária da Petrobras em um ano; até 12 mil funcionários serão desligados em quatro anos com o primeiro PVD
A Petrobras pretende promover um Plano de Demissão Voluntária (PVD) para a BR Distribuidora, que deve ser ampliado aos trabalhadores de todas as subsidiárias colocadas à venda. Embora o plano já tenha sido aprovado pela diretoria executiva, ele ainda depende do consentimento do conselho de administração. Esse é o segundo PDV realizado pela Petrobras neste ano e corrobora a estratégia da estatal de diminuir seu tamanho. A companhia deve deligar cerca de 12 mil funcionários e economizar R$ 33 bilhões em quatro anos por meio do primeiro PDV.
A decisão foi confirmada pela Petrobras ao periódico Estado de S. Paulo. A empresa acrescentou que metas, custos de indenização, critérios e prazos ainda não foram definidos, e que, portanto, não pode sanar todas as dúvidas dos funcionários.
O que acham os trabalhadores
Os funcionários da Petrobras reagiram de maneira intensa ao processo de venda de ativos, embora a medida possa melhorar as finanças da estatal, que têm muitas dívidas. Um trabalhador escreveu na rede interna da empresa que o modelo havia se tornado “uma panaceia ou tábua de salvação”.
Sindicatos preparam uma greve para o próximo mês. “Se depender do sindicato, vamos parar tudo. Já rechaçamos esse entreguismo na década de 90 e não vamos aceitar de novo”, disse o diretor do Sindpetro-RJ Emauel Cancella.
Celestino garantiu que a medida não se trata de uma privatização e explicou que a Petrobras será “sócio relevante”, e que a venda tem como finalidade a geração de recursos para reduzir a dívida. O presidente da BR Distribuidora, Ivan Sá, reforçou o comunicado do diretor de Refino e Gás Natural da Petrobras e disse que “momentos de mudança no mercado demandam soluções novas”.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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