Rio – O pedreiro Venilson da Silva Souza,
indiciado por homicídio doloso (quando há intenção de matar), deu entrada no sistema prisional no fim da tarde desta terça-feira. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). Procurada pelo
DIA, a Polícia Civil não informou para qual penitenciária ou unidade psiquiátrica prisional ele foi encaminhado. Inicialmente, o pedreiro fora encaminhado à 13ª DP (Ipanema) e, posteriormente, à Delegacia de Homicídios (DH).
Venilson foi preso em flagrante após jogar um botijão de gás pela janela de um apartamento e matar um pedestre na Rua Aires Saldanha, próximo à esquina da Rua Djalma Ulrich, em Copacabana, na Zona Sul do Rio.
Conforme informações, o pedreiro teve um surto e começou a jogar objetos pela janela do último andar do prédio, entre eles um pedaço de fogão, e, posteriormente, o botijão que atingiu a vítima. Venilson passava por um tratamento e já tinha apresentado outros episódios de transtornos psicológicos.
Vendedor de frutas segue no IML
Moradores e comerciantes de Copacabana, Zona do Sul, ainda não conseguem compreender o crime bárbaro que aconteceu na tarde desta segunda-feira e vitimou Tronco, um vendedor de frutas conhecido no bairro. O homem foi atingido por um botijão de gás arremessado do 12°andar do edifício Cannes, que fica na esquina das ruas Djalma Urich e Aires Saldanha.
‘Tronco’, segundo os conhecidos, era um cara tranquilo e vivia sozinho nas ruas, embora tivesse família na comunidade Pavão-Pavãozinho. “Ele não falava muito sobre a história dele. Eu o conhecia há uns seis pelo anos. Ele comprava fruta aqui comigo e saía oferecendo pelo bairro. Era muito batalhador e guerreiro”, conta o vendedor Antônio Pereira, de 34 anos, que trabalha na Avenida Nossa Senhora de Copacabana.
“Eu tomei um susto quando me falaram, fui correndo pra lá. Ele era muito conhecido, dormia sempre na Sá Ferreira, mas ontem, ele estava ali”, lamenta.
Para o taxista Figueiredo, de 63 anos, o que houve foi uma fatalidade. “Ele não parava, ele vivia andando pelas ruas e ontem estava parado ali. Não tem explicação para o que aconteceu. Ele não mexia com ninguém, era muito tranquilo. Tinha dia que ele passava com o caixote de banana, às vezes, manga. Ele estava sempre vendendo aqui pra gente no ponto.”
Norma Souza, 51 anos, atendente de uma mercearia na Rua Bulhões de Carvalho ainda não acredita no que aconteceu. “Ontem, ele passou por aqui. A gente sempre comprava fruta dele. Ele não gostava que brincassem com o cabelo dele. Daí de tanto a gente brincar, ele cortou o cabelo dia desses”, recorda.
“A gente ficava bravo que ele não usava máscara. Ele falava que máscara era pra quem estava doente e ele não estava. E aí, acontece uma coisa dessas com ele”, completa Norma.
Apesar de ‘Tronco’ ser uma figura conhecida no bairro de Copacabana, os moradores sabem muito pouco sobre ele. Uns dizem que ele se chama Miguel, outros que ele tem uma irmã na comunidade do Pavão-Pavãozinho. O vendedor tem mais de 50 anos e veio da Paraíba ainda jovem para o Rio de Janeiro.
Até as 21h desta terça-feira, nenhum familiar havia comparecido ao Instituto Médico Legal (IML) para reconhecer o corpo. Tronco estava sem documentação no momento do crime.