Parar de tocar o rosto é um dos métodos mais eficazes para evitar doenças
1 de fevereiro de 2020

Começamos 2020 com a proliferação de um novo coronavírus, parecido com o vírus que causou a SARS (Síndrome respiratória aguda grave). O 2019-nCoV já adoeceu pelo menos 12 mil pessoas e matou mais de 250 em todo o mundo.

Se você está assustado com ameaças como o vírus que surgiu em Wuhan, na China, há algo simples que você pode começar a fazer para o bem da sua saúde e dos outros: parar de tocar o seu rosto. Essa medida pode ajudar e muito na prevenção de doenças.

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Quando esfregamos os nossos rostos, podemos contaminar o nosso corpo com os germes potencialmente perigosos que as nossas mãos “pegaram” em outras ocasiões. Desta forma, podemos carregar partículas invisíveis de cocô ou muco que estão espalhadas pelo mundo, muitas vezes deixadas por pessoas que não lavaram as mãos direito.

E embora provavelmente já tenham dito para você não ficar tocando no seu rosto desde que era criança, esse parece ser um daqueles conselhos que nos muitas vezes esquecemos.

Um pequeno estudo em 2015 estimou que as pessoas tocam o rosto em média 23 vezes por hora, com um pouco menos da metade desses toques envolvendo as áreas “mucosas” do nosso rosto, como a boca, o nariz e os olhos.

Outro estudo em 2013 descobriu que pessoas no transporte público tocam superfícies onde os germes podem ser localizados em média 3,3 vezes por hora, ao mesmo tempo que tocam a boca e o nariz em média 3,6 vezes por hora.

Essas partes do nosso rosto são o meio perfeito para incontáveis germes, incluindo o novo coronavírus, entrarem e infectarem nossos corpos.

Atualmente, o novo coronavírus não deve ser temido na na maior parte do mundo, incluindo o Brasil – mas doenças letais como a gripe definitivamente estão aqui. E não é só com a gripe que devemos nos preocupar, eis aqui uma lista curta de outras doenças que podem se espalhar ao tocarmos nossos rostos:

  • Norovírus
  • Hepatite A
  • Centenas de vírus que causam o resfriado comum
  • Conjuntivite
  • Infecções por estafilocococos, incluindo os de alta resistência
  • Teníose/Cisticercose

Dificilmente podemos esperar que as pessoas deixem de tocar completamente em seus rostos. Mas os benefícios de policiar esse hábito são numerosos, assim como devemos lavar as mãos sequentemente (sempre com sabão, durante pelo menos 20 segundos).

Um estudo de 2008 revelou, por exemplo, que as pessoas que relataram tocar no rosto raramente tinham cerca de 80% menos probabilidade de contrair a gripe sazonal, em comparação com as pessoas com os níveis mais elevados de “probabilidade de tocar o rosto”. A probabilidade de contrair a doença só diminua se elas também lavassem muito as mãos.

E embora as máscaras faciais tenham eficácia limitada, usar uma pode pelo menos ajudar a lembrá-lo de não tocar o rosto.

É uma algo simples a ser aprendido, mas que valerá a pena, independentemente do que acontecer com o novo coronavírus ou qualquer outra doença emergente, como fiz Robert Ambler, ex-chefe de medicina do CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA) e reitor da Faculdade de Ciências e Prática da Saúde do New York Medical College.

“Há muitas coisas sobre [o novo coronavírus] que não sabemos ainda. Entretanto, as coisas que sabemos é que as pessoas que estão doentes não devem ir para o trabalho ou para a escola; devem ficar em casa. E as pessoas geralmente devem lavar as mãos com frequência e evitar tocar o rosto”, disse Ambler a Gizmodo.

Fonte: UOL